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Copel (CPLE6): por que os analistas viram a venda de fatia na UEGA como positiva

Copel (CPLE6): por que os analistas viram a venda de fatia na UEGA como positiva

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Copel (CPLE6): venda de fatia na UEGA é vista como positiva pelos analistas

A Copel (CPLE6) anunciou a venda da termelétrica a gás natural Araucária (UEGA) para a Âmbar Energia, empresa de energia do grupo J&F, por R$ 320 milhões. Essa transação foi vista de forma muito positiva pelos analistas do Bradesco BBI.

A UEGA tem sido um ativo que drena dinheiro para a Copel, pois não possui um contrato de fornecimento de gás a longo prazo, o que a obriga a operar como uma central elétrica comercial, sem um fluxo consistente de receitas para cobrir seus custos fixos.

Segundo cálculos do BBI, a venda adiciona R$ 100 milhões em valor patrimonial à Copel, abaixo do preço de venda anunciado. No entanto, mesmo assim, a venda aumentaria o preço-alvo da empresa marginalmente, em apenas R$ 0,06 por ação. O valor contábil da UEGA era de aproximadamente R$ 47 milhões no 3T23, mas é provável que a Copel consiga reverter o valor recuperável de R$ 200 milhões registrado no ativo, justificando esse movimento com o acordo de M&A.

Independentemente disso, a venda da UEGA deve gerar um ganho de aproximadamente R$ 243 milhões para a Copel, levando a um pagamento de impostos de R$ 83 milhões. Com isso, a empresa terá um caixa líquido de R$ 207 milhões provenientes da transação.

Essa venda reduzirá o múltiplo de dívida líquida/Ebitda da Copel em 0,08 vez, aumentando a possibilidade de um dividendo "extraordinário" acima do pagamento esperado de 50%. Caso todos os R$ 207 milhões sejam pagos como dividendos, o rendimento incremental seria de 0,7%.

Além disso, essa transação também reduzirá a pegada de carbono da Copel, o que poderá atrair mais investidores e fundos ESG. Portanto, essa venda é bem vista pelos analistas do JPMorgan.

O Morgan Stanley destaca que a operação permite que a Copel se concentre em ativos essenciais e reduza sua exposição a um ativo que tem contribuído negativamente para seus resultados operacionais.

Para o Bradesco BBI, a Copel continua sendo a principal escolha no setor, com classificação de "outperform" (recomendação acima da média do mercado) e preço-alvo para o final de 2024 de R$ 12,50 por ação. O JPMorgan também reitera sua recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 12 para a ação da Copel.

Em resumo, a venda da fatia na UEGA é vista como positiva pelos analistas, pois melhora a situação financeira da Copel, reduz sua exposição a um ativo prejudicial e pode abrir caminho para dividendos extraordinários no futuro.

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