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Contas públicas têm déficit de R$ 18,1 bilhões em setembro

Contas públicas têm déficit de R$ 18,1 bilhões em setembro

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Contas públicas têm déficit de R$ 18,1 bilhões em setembro

As contas públicas no Brasil encerraram o mês de setembro com saldo negativo, principalmente devido ao déficit do governo federal. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 18,071 bilhões, em comparação ao superávit de R$ 10,746 bilhões em setembro de 2022.

O déficit primário representa o resultado negativo das contas do setor público, excluindo o pagamento dos juros da dívida pública. Nos últimos 12 meses, encerrados em setembro, as contas acumularam um déficit primário de R$ 101,888 bilhões, correspondendo a 0,97% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

Em relação ao governo central, que inclui a Previdência, o Banco Central e o Tesouro Nacional, o déficit primário em setembro foi de R$ 16,506 bilhões, enquanto em setembro de 2022 havia sido registrado um superávit de R$ 11,113 bilhões. A diferença entre o déficit primário do Banco Central e o superávit divulgado pelo Tesouro Nacional se deve a uma única operação de R$ 26 bilhões relacionada aos recursos de contas de PIS/Pasep que estavam parados há mais de 20 anos.

Os governos estaduais apresentaram um déficit de R$ 374 milhões em setembro, em comparação com um superávit de R$ 3,253 bilhões no mesmo período de 2022. Já os governos municipais tiveram um déficit de R$ 691 milhões, enquanto no ano passado o déficit era de R$ 2,932 bilhões. Os governos regionais registraram um déficit de R$ 1,065 bilhão em setembro deste ano, em comparação com um resultado positivo de R$ 321 milhões no mesmo mês de 2022.

A queda nas receitas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal fonte de arrecadação dos governos estaduais e municipais, e a redução das transferências da União para esses entes contribuíram para a piora nas contas públicas. Além disso, as empresas estatais tiveram um déficit primário de R$ 500 milhões em setembro.

Os gastos com juros atingiram R$ 81,714 bilhões no mês de setembro, em comparação com R$ 71,364 bilhões no mesmo período de 2022. Esse resultado inclui os efeitos das operações do Banco Central no mercado de câmbio. Por outro lado, a queda da inflação contribuiu para a redução dos juros.

Em agosto, a dívida líquida do setor público em relação ao PIB estava em 59,8%, e em setembro subiu para 60%, totalizando R$ 6,310 trilhões. Já a dívida bruta do governo geral chegou a R$ 7,826 trilhões ou 74,4% do PIB.

O déficit nas contas públicas e o aumento da dívida podem impactar o mercado financeiro e os investidores individuais no Brasil. O resultado negativo das contas públicas pode gerar preocupações com a capacidade do governo de pagar suas dívidas e afetar a confiança dos investidores. Além disso, o aumento da dívida pode pressionar a necessidade de ajustes fiscais, como cortes de gastos ou aumento de impostos, o que pode impactar a economia como um todo.

É importante que os investidores brasileiros acompanhem de perto essas informações e estejam atentos aos rumos da economia do país, principalmente em relação às políticas fiscais e ao cenário político. Dessa forma, poderão melhor avaliar os riscos e oportunidades de seus investimentos.

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