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Consumo de café cresce no Oriente Médio, que aumenta compras do grão brasileiro

Consumo de café cresce no Oriente Médio, que aumenta compras do grão brasileiro

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Consumo de café cresce no Oriente Médio, que aumenta compras do grão brasileiro

O consumo de café tem crescido significativamente nos países do Oriente Médio, o que tem impulsionado o aumento das exportações brasileiras para a região. De acordo com dados fornecidos pela Organização Internacional do Café, neste ano, de janeiro a outubro, o Brasil exportou mais de 2 milhões de sacas de café para países do Oriente Médio, um aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado.

Essa tendência de aumento no consumo tem chamado a atenção de multinacionais do setor, que estão investindo cada vez mais na região. Um relatório publicado pelo World Coffee Portal mostrou que o mercado do Oriente Médio cresceu 10,5% em 12 meses, tornando-se uma "geografia chave" para as principais cadeias internacionais de café.

Entre as empresas que têm investido no Oriente Médio estão a Starbucks e a Juan Valdez. O Grupo Alshaya, que opera lojas da Starbucks na região, tem como objetivo chegar a 3.000 lojas até 2028. Atualmente, a empresa já opera cerca de 2.000 unidades em países como Arábia Saudita, Egito, Jordânia e Kuwait. Além disso, a rede Juan Valdez também planeja abrir 100 unidades nos Emirados Árabes Unidos.

Além do aumento nas importações, a Arábia Saudita também está investindo no cultivo de café. O governo saudita criou a Saudi Coffee Company, financiada pelo fundo de investimento público do país, com o objetivo de transformar a indústria cafeeira local. A empresa anunciou a criação de uma fazenda modelo de 1 milhão de metros quadrados em Jazan, região portuária no sudoeste do país, onde pretende cultivar 5 milhões de pés de café até 2030.

A localização geográfica dos países do Oriente Médio também contribui para que a região seja um importante polo de exportação de café. Por estar próximo de países produtores de café de alta qualidade, como Quênia e Etiópia, os negociantes baseados na região conseguem comprar esses grãos e exportá-los para países orientais com alta demanda, como Japão, Coreia do Sul e Taiwan.

O centro de exportação de café do Dubai, conhecido como DMCC (Dubai Multi Commodities Centre), desempenha um papel fundamental nesse processo. Com infraestrutura sofisticada, o centro oferece serviços de armazenamento, processamento, torrefação e embalagem de café. Através do DMCC, os compradores dos países do Oriente Médio processam os grãos antes de exportá-los para os países compradores.

Essa diversidade de cafés disponíveis na região do Oriente Médio, desde os importados do Brasil e Colômbia até os cultivados na Etiópia e Quênia, tem contribuído para o desenvolvimento do cenário de café especial na região. Os consumidores têm acesso a diversos sabores e estilos de café, o que tem impulsionado o crescimento do mercado.

Dessa forma, o aumento no consumo de café no Oriente Médio representa uma excelente oportunidade para o Brasil, que continua ampliando suas exportações para a região. As empresas brasileiras do setor cafeeiro podem se beneficiar desse crescimento, expandindo seus negócios e fortalecendo a economia nacional. Os investidores individuais também podem considerar o setor cafeeiro como uma opção interessante para diversificar suas carteiras de investimento. Portanto, é importante ficar atento às oportunidades de negócio e aos movimentos do mercado relacionados ao consumo de café no Oriente Médio.

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