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Consolidação de nova regra e queda de juros animam segmento de assessorias para 2024

Consolidação de nova regra e queda de juros animam segmento de assessorias para 2024

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Consolidação de nova regra e queda de juros animam segmento de assessorias para 2024

A publicação do esperado marco regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para os assessores de investimentos foi um momento emblemático para o setor neste ano, trazendo otimismo nas perspectivas do segmento para 2024. Apesar de as regras ainda estarem em fase de implementação, espera-se que elas sejam transformacionais no futuro.

As resoluções CVM 178 e 179, publicadas em fevereiro, trouxeram mudanças importantes para os assessores de investimento, como o fim da exclusividade com corretoras, a permissão para diferentes arranjos de sociedade e a exigência de um diretor responsável para as empresas. Essas regras já eram amplamente esperadas, mas causaram movimentações no mercado, como a entrada de sócios-capitalistas em assessorias e desistências de escritórios em se tornarem corretoras.

No entanto, é importante ressaltar que nenhum marco regulatório revoluciona a indústria em um curto espaço de tempo. É necessário que a indústria se adeque e entenda como as novas regras irão funcionar para tomar decisões baseadas nelas. Por isso, o processo de entendimento ainda está em andamento, com a Associação Brasileira de Assessores de Investimentos (Abai) elaborando um documento de perguntas e respostas em parceria com a BSM para esclarecer dúvidas sobre a interpretação e aplicação das resoluções.

O marco regulatório traz a questão do profissionalismo, exigindo que os escritórios de assessoria cumpram regras de governança, compliance e gestão caso queiram ter sócios investidores. Essa mudança é positiva para o mercado e para os clientes finais, pois estimula a transparência e a qualidade dos serviços oferecidos.

Apesar de um cenário mais conservador em 2023, influenciado pela variante Ômicron da Covid-19, a guerra na Ucrânia, a escalada de juros no mundo e as eleições presidenciais no Brasil, a queda de juros contratada para 2024 pode fazer com que os investidores busquem maior rentabilidade e voltem a tomar risco. Isso aumenta a diversificação de portfólio e cria oportunidades para os assessores de investimento mostrarem seu valor, oferecendo serviços especializados.

Diante desse cenário, é esperado que haja uma retomada de contratações e investimentos em capacitação para os assessores de investimento. A XP, por exemplo, investiu em programas de formação e contratação de assessores ao longo do ano e pretende continuar esse empenho em 2024. Além disso, a contratação de talentos deve ser retomada e a rede de distribuição deve crescer.

Os números mais recentes da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord) mostram que o número de assessores credenciados vem crescendo e acredita-se que esse crescimento continue no próximo ano. Mais de 90% dos assessores em atividade estão cumprindo o programa de educação continuada (PEC), o que demonstra o compromisso da classe em se capacitar e oferecer um serviço de qualidade aos clientes.

Em resumo, a consolidação do novo marco regulatório e a queda de juros contratada para 2024 animam o segmento de assessorias de investimento. As novas regras trazem profissionalismo e transparência para o mercado, enquanto a busca por maior rentabilidade leva os investidores a diversificarem seus portfólios e procurarem o apoio de especialistas. É esperado que haja um ciclo de consolidações e um aumento no número de contratações e investimento em capacitação para os assessores de investimento no próximo ano.

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