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Como fazer a renda fixa render mais? Parte 2

Como fazer a renda fixa render mais? Parte 2

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Como fazer a renda fixa render mais? Parte 2

Entender o que influencia o resultado de um título de renda fixa é o primeiro passo para escolher qual tipo de título pode apresentar melhor resultado e, assim, elevar o retorno esperado. No meu artigo anterior, expliquei que três fatores básicos influenciam o retorno de ativos de renda fixa. Hoje, vou explicar o terceiro fator: o indexador.

Os três indexadores básicos

Existem três indexadores básicos utilizados em títulos de renda fixa: pós-fixado ou referenciado ao CDI ou Selic, prefixado e referenciado ao IPCA. A escolha de qual dos três vai proporcionar o maior resultado depende de duas estimativas que o investidor precisa fazer em relação ao que o mercado já precifica nas taxas dos títulos: evolução dos movimentos da Selic pelo Banco Central (BC) e a inflação implícita.

Decisão entre pós-fixado e prefixado

Vamos começar pela decisão entre os títulos pós-fixados e prefixados. Nessa decisão, o investidor precisa construir uma expectativa de como ele acredita que serão as alterações da taxa Selic implementadas pelo BC. Essa estimativa deve ser comparada com a taxa de juros prefixada que ele tem disponível.

Por exemplo, hoje o título Tesouro IPCA 2029 tem uma taxa de juros de 10,25% ao ano. A taxa Selic está em 11,65% ao ano. É importante ressaltar que a taxa Selic diária que remunera os títulos é ligeiramente menor que a Selic Meta definida pelo Copom. No entanto, a taxa prefixada é menor que a taxa Selic.

Construindo um cenário de evolução da taxa Selic

Para decidir se vale a pena investir no título prefixado, o investidor precisa construir um cenário de evolução da taxa Selic até o vencimento do título. Por exemplo, se acredita que a taxa Selic média de cada ano vai cair gradativamente para 7% em 2027, então o investimento que remunera a Selic vai render menos que o Tesouro Prefixado 2029.

Riscos na comparação

Entretanto, é importante entender o risco nessa comparação. A taxa Selic pode não seguir a trajetória estimada. Por exemplo, em uma simulação em que a taxa Selic volte a subir em 2026 e alcance 12% em 2028, o investimento que remunera a taxa Selic resulta em um valor maior no futuro. O título Tesouro Prefixado 2029 renderia apenas o equivalente a 98,1% do retorno da Selic.

Portanto, de forma simplista, para escolher um título prefixado em relação à taxa Selic ou CDI, é necessário acreditar que a taxa Selic vai convergir para um valor inferior ao da taxa prefixada. Caso contrário, há um risco de o investimento no título prefixado apresentar pior resultado.

Buscando ajuda para tomar decisões

Para que a renda fixa renda mais, é importante construir um cenário de evolução da taxa Selic e escolher o indexador com maior retorno. Sei que muitas vezes pode ser difícil para o investidor realizar essa tarefa. Nessa situação, é recomendado buscar ajuda de um assessor de investimentos ou de um especialista na área.

No próximo artigo desta série, vou explicar como escolher entre o título prefixado e o referenciado ao IPCA para elevar o retorno. Fique ligado!

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