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Como a CSN pretende lidar com a alta alavancagem, nas palavras de Steinbruch

Como a CSN pretende lidar com a alta alavancagem, nas palavras de Steinbruch

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Como a CSN pretende lidar com a alta alavancagem, nas palavras de Steinbruch

O CEO e Chairman da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, apresentou durante o investor day alguns planos da empresa para lidar com a alta alavancagem enfrentada atualmente. A CSN possui uma alavancagem de 2,63 vezes o Ebitda, o que tem chamado a atenção dos analistas nos últimos trimestres.

Uma das propostas apresentadas por Steinbruch é a venda ou realização de um spin-off de alguns ativos da CSN. Entre esses ativos está a CSN Mineração (CMIM), que pode ser parcialmente vendida. O CEO reforçou o compromisso público de trazer a alavancagem para duas vezes.

No investor day, a CSN também divulgou um guidance de investimentos de R$ 6 bilhões até 2024. Já a CSN Mineração ampliou seu capex para R$ 15,3 bilhões para o ciclo 2023-2028. Steinbruch ressaltou que essas propostas são apenas hipóteses em avaliação, porém, o mercado reagiu imediatamente às novidades.

A intenção da CSN é "spinoffar" cinco grandes projetos e torná-los independentes. O próximo negócio a ser listado é o de cimentos, independentemente das aquisições que possam ocorrer. A empresa também está interessada em adquirir a operação da InterCement, mas não mencionou o nome do concorrente.

Além disso, Steinbruch mencionou oportunidades de movimentos semelhantes na área de siderurgia e energia. A empresa considera eventual venda de participação na CSN Mineração, sendo que atualmente possui cerca de 80% do capital da empresa. Há a possibilidade de vender 30% desse capital, o que resultaria em cerca de R$ 12 bilhões.

Outra opção seria a venda da participação na Usiminas, porém a CSN preferirá esperar pela decisão da Justiça sobre um possível tag along por parte dos controladores da Usiminas. O CEO ressaltou que a CSN pode dispor ao mercado essas participações, se for necessário.

O impacto do preço do aço também tem gerado atenção por parte de analistas e investidores. Steinbruch criticou durante o CSN Day a entrada do aço vindo da China. Ele lembrou que os grandes importadores taxam a entrada do produto em 25%, enquanto o Brasil possui um imposto que varia de 10% a 16%. Segundo o CEO, não faz sentido pagar mais para exportar do que para importar.

Steinbruch pediu "coragem" ao governo para limitar a vinda do aço produzido na China. Estima-se que 6,8 milhões de toneladas, entre aço bruto e com valor agregado, venham de produtores chineses. Ele destacou a importância de o Brasil sentar e conversar com a China sobre essa questão.

Em resumo, a CSN busca soluções para lidar com sua alta alavancagem, incluindo a venda ou spin-off de alguns ativos, como a CSN Mineração. A empresa também pretende expandir seus negócios por meio de fusões e aquisições, avaliando oportunidades dentro e fora do Brasil. O CEO enfatizou a importância de limitar a entrada do aço chinês no país e pediu ação do governo nesse sentido. Acompanhar esses movimentos da CSN é relevante para os investidores brasileiros interessados no mercado financeiro e de investimentos.

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