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Comissão aprova relatório de projeto que taxa offshores

Comissão aprova relatório de projeto que taxa offshores

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Comissão aprova relatório de projeto que taxa offshores

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (22) o relatório do projeto de lei (PL) que propõe a tributação de fundos offshore e exclusivos. Essa medida já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados no final de outubro, e agora está em análise pelos senadores. A tributação de offshores se refere aos investimentos realizados no exterior por empresas sediadas no Brasil. Já os fundos exclusivos são destinados a um ou alguns cotistas específicos.

Até o momento, a tributação das offshores ocorre apenas quando uma empresa no exterior transfere seus lucros para o sócio pessoa física no Brasil. Se o sócio optar por manter os recursos no exterior, a tributação é adiada e, em alguns casos, pode até não ocorrer. Com a proposta do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a tributação seria realizada anualmente, com uma alíquota fixa de 15%, independentemente dos valores dos rendimentos.

Além disso, a proposta também prevê mudanças na tributação dos fundos de investimento. Atualmente, os rendimentos provenientes desses fundos são tributados apenas no momento do resgate da aplicação. Com a nova proposta, os rendimentos dos fundos de investimento serão sujeitos a uma tributação semestral recorrente, conhecida como "come-cotas". As alíquotas propostas são de 15% para fundos de longo prazo e 20% para fundos de curto prazo.

Essa medida é considerada essencial pela equipe econômica do governo para aumentar a arrecadação federal e zerar o déficit nas contas públicas. De acordo com estimativas discutidas em reunião ministerial, o contingenciamento pode variar entre R$ 23 bilhões e R$ 53 bilhões. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), defende um valor mais conservador, entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões, vinculado à aprovação de projetos no Congresso.

Essa proposta de tributação dos fundos offshore e exclusivos terá impactos significativos no mercado financeiro brasileiro. Por um lado, os investidores individuais que possuem recursos investidos nessas modalidades terão que se adequar às novas regras e terão que pagar a nova alíquota fixa de 15% sobre seus rendimentos anualmente. Isso pode diminuir a atratividade desses fundos, já que a tributação se tornará recorrente e independente do valor dos rendimentos.

Por outro lado, para o governo, essa medida representa uma oportunidade de aumentar a arrecadação, especialmente em um momento em que o país busca soluções para equilibrar as contas públicas. A tributação dos fundos offshore e exclusivos pode gerar uma receita adicional significativa, que pode ser direcionada para investimentos em áreas prioritárias e no pagamento da dívida pública.

É importante ressaltar que essa proposta ainda precisa passar por mais etapas de aprovação no Senado e pode sofrer alterações ao ser discutida pelos senadores. Portanto, os investidores devem ficar atentos às atualizações sobre o projeto de lei e consultar um especialista em finanças para avaliar os impactos específicos em seus investimentos.

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