Comissão adia mais uma vez votação de proposta que proíbe união homoafetiva
28/09/2023Comissão adia mais uma vez votação de proposta que proíbe união homoafetiva
Na última reunião da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, a votação da proposta que visa proibir o casamento civil homoafetivo foi mais uma vez adiada. O relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), alegou necessidade de mais tempo para analisar as sugestões e votos dos colegas antes de emitir o seu parecer.
Impacto no mercado financeiro e para investidores individuais
A proposta em questão tem gerado divergências há várias semanas e o seu adiamento causa reflexos tanto no mercado financeiro quanto para os investidores individuais. A possibilidade de proibir o casamento civil homoafetivo e de não considerar as uniões homoafetivas como entidades familiares impacta diretamente em diversas questões jurídicas e econômicas, como a dependência econômica, pensão e herança.
Desde 2011, as uniões homoafetivas possuem garantia de direitos assegurados pelo Supremo Tribunal Federal. Caso a proposta seja aprovada, isso poderia mudar, prejudicando a segurança jurídica e os direitos das pessoas LGBTQIA+.
Posições favoráveis à união homoafetiva
Durante a discussão, alguns deputados apresentaram argumentos favoráveis à aprovação das uniões homoafetivas. A deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) destacou que a proposta muda uma lei já existente, o Código Civil, com o objetivo de derrubar uma interpretação constitucional. Ela ressaltou que a diversidade de configurações familiares é uma realidade atual e que a Câmara dos Deputados deve garantir direitos, não retirá-los.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) enfatizou que a população LGBTQIA+ deve ter os mesmos direitos garantidos pela Constituição. Ela defendeu que a diversidade é uma característica da humanidade e que é necessário reconhecer e respeitar as diferentes formas de amar e de construir famílias.
Posições contrárias à união homoafetiva
Por outro lado, alguns deputados se posicionaram contrariamente à aprovação das uniões homoafetivas. O deputado Eli Borges (PL-TO), coordenador da bancada evangélica, defendeu que cabe ao Parlamento decidir sobre a questão da família.
A deputada Priscila Costa (PL-CE) destacou que o Supremo Tribunal Federal teria legislado sobre o assunto no lugar do Parlamento, o que, segundo ela, seria antidemocrático. Para ela, ao discutir o tema, o Parlamento está protegendo direitos individuais, uma vez que a questão não deveria ter sido legislada pelo STF de forma arbitrária e irregular.
Conclusão
Em resumo, a votação da proposta que proíbe a união civil homoafetiva foi novamente adiada pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados. A decisão de adiamento foi motivada pelo pedido do relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), que solicitou mais tempo para analisar as sugestões e votos dos colegas.
Caso a proposta seja aprovada, isso afetará diversas questões jurídicas e econômicas relacionadas às uniões homoafetivas, como a dependência econômica, pensão e herança. Os argumentos favoráveis à união homoafetiva ressaltam a importância de garantir direitos constitucionais e de reconhecer a diversidade da sociedade. Já os argumentos contrários afirmam que cabe ao Parlamento decidir sobre o tema da família e criticam a atuação do Supremo Tribunal Federal nessa questão. O impacto no mercado financeiro e para os investidores individuais está relacionado à segurança jurídica e aos direitos das pessoas LGBTQIA+.