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Comento o caso de Omar, 71, que quer vender imóveis para facilitar herança dos filhos

Comento o caso de Omar, 71, que quer vender imóveis para facilitar herança dos filhos

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Comentando o caso de Omar, 71, que deseja vender imóveis para facilitar a herança dos filhos

Omar, um servidor público de 71 anos, entrou em contato comigo para discutir uma opção que ele está considerando: vender os imóveis pequenos que possui e transferir os recursos para previdência privada. Ele tem o objetivo de garantir que, no futuro, seus filhos não tenham que pagar impostos nem enfrentar processos de inventário.

É natural que pensar em consumir hoje pareça mais vantajoso do que poupar para o futuro. Entretanto, abdicar do prazer do consumo pode trazer benefícios tanto para nós quanto para nossos entes queridos. No caso de Omar, ele está preocupado com a sucessão e em deixar uma renda para sua filha. No entanto, até o momento, eles discutiram apenas o valor necessário, não a forma como será feita essa sucessão.

Muitas pessoas evitam discutir sobre a morte, mas aposentadoria e sucessão são eventos inevitáveis. Ou resolvemos essas questões enquanto estamos vivos, ou deixamos um problema para os outros resolverem. Por isso, é importante analisar qual é a forma mais eficiente de alcançar o desejo de deixar um legado para os filhos.

Ao falar sobre herança, existem quatro critérios de eficiência que caracterizam a adequação de um produto:

  1. Facilidade de divisão;
  2. Baixo custo de sucessão;
  3. Transferência rápida;
  4. Flexibilidade para o beneficiário.

No caso de Omar, ele está considerando a opção de vender os imóveis pequenos para facilitar a sucessão. E ele está certo! Os imóveis não são eficientes para essa finalidade, pois ferem os quatro critérios. Eles são difíceis de dividir, possuem custos mais elevados de sucessão, a transferência é mais lenta e não proporcionam flexibilidade para o beneficiário.

Os produtos mais eficientes para sucessão são a previdência privada do tipo VGBL e o seguro de vida, também conhecido como "vida inteira". Esses produtos atendem à maioria dos critérios de eficiência e são mais adequados para deixar como herança para os filhos.

No caso de Omar, ele poderia considerar a venda dos imóveis pequenos e investir em previdência privada, já que ele é um servidor público com 71 anos de idade. Isso proporcionaria mais flexibilidade sobre o uso dos recursos enquanto ele ainda está vivo e teria um custo menor em comparação ao seguro de vida.

É importante destacar que a doação em vida de imóveis entre os filhos ou a colocação dos imóveis dentro de uma holding patrimonial podem trazer problemas, como brigas entre irmãos e custos adicionais no futuro. Além disso, investimentos financeiros, mesmo sendo divisíveis e flexíveis, também passam pelos custos e prazos do processo de inventário.

Portanto, a opção de vender os imóveis e investir em previdência privada parece ser a mais adequada para Omar. Ele pode fazer essa venda gradualmente, aproveitando melhores preços.

Cada caso é único e é necessário realizar uma análise mais detalhada, considerando características pessoais como saúde, idade e desejos de uso dos recursos. Mas é importante lembrar que imóveis tendem a trazer mais complicações na sucessão, enquanto produtos como VGBL e seguro de vida são mais eficientes e seguros.

Se você está passando por uma situação semelhante à de Omar, é importante buscar aconselhamento de um especialista financeiro para tomar a melhor decisão para o seu caso específico. Fique atento às opções disponíveis e planeje o seu futuro financeiro com responsabilidade.

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