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Com recuo de alimentos, inflação acumulada é menor para os mais pobres

Com recuo de alimentos, inflação acumulada é menor para os mais pobres

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Com recuo de alimentos, inflação acumulada é menor para os mais pobres

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que o recuo no preço dos alimentos e bebidas contribuiu para uma inflação menor no bolso das famílias de baixa renda nos últimos 12 meses, em comparação com os lares de renda média e alta. Essa constatação faz parte do Indicador de Inflação por Faixa de Renda divulgado pelo Ipea nesta terça-feira.

De acordo com o estudo, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 5,19%, a inflação para as famílias com renda muito baixa foi de 3,9%, e para as famílias de renda baixa, 4,45%. Já nas famílias de renda média-alta e alta, a inflação acumulada em 12 meses foi de 5,95% e 6,41%, respectivamente.

O recuo no preço dos alimentos foi o principal fator que aliviou o peso no orçamento dos mais pobres. Esse alívio foi sentido principalmente nas famílias de renda muito baixa, que gastam proporcionalmente mais com alimentos do que as famílias mais ricas. O preço do feijão, farinha de trigo, batata, carnes, aves e ovos, leite e óleo de soja foram alguns dos itens que apresentaram queda de preço em setembro.

No entanto, outros gastos também foram impactados pela inflação. Os reajustes de 1% nas tarifas de energia elétrica e de 2,8% da gasolina foram os principais fatores de pressão para todas as classes de renda. Para as famílias de renda mais alta, além desses aumentos, as passagens aéreas e os transportes por aplicativo também contribuíram para uma alta mais forte no grupo de transportes.

No acumulado dos últimos 12 meses, os itens que mais pesaram para todas as famílias foram transportes e saúde e cuidados pessoais. Porém, mesmo nessa comparação, as famílias de renda muito baixa sofreram um impacto negativo menor do que as famílias de renda alta. Enquanto a inflação no grupo de transportes foi de 1,01% para o grupo de renda muito baixa, foi quase o dobro (1,94%) para a renda alta.

Para a categoria de saúde e cuidados pessoais, a inflação foi de 1,01% para a renda muito baixa e 1,26% para a renda alta.

Em resumo, o recuo no preço dos alimentos e bebidas ajudou a reduzir a inflação para as famílias de baixa renda nos últimos 12 meses. Esse alívio no bolso foi sentido principalmente nas famílias mais pobres, que gastam proporção maior de seus rendimentos com alimentos. No entanto, outros gastos como tarifas de energia elétrica, gasolina e transporte também impactaram o orçamento familiar, com maior intensidade nas famílias de renda mais alta.

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