📰 Últimas notícias
Com cortes de juros no radar, atividade mais fraca deixa de ser gatilho para Bolsas

Com cortes de juros no radar, atividade mais fraca deixa de ser gatilho para Bolsas

Publicidade

Com cortes de juros no radar, atividade mais fraca deixa de ser gatilho para Bolsas

Após um período em que o temor de juros altos dominou o mercado financeiro, parece que a tendência finalmente mudou. Dados macroeconômicos mais fracos não são mais considerados gatilhos positivos para os índices acionários nos Estados Unidos e no Brasil. Durante todo o ano, o Federal Reserve (Fed) lutou contra a inflação, o que gerava medo nos mercados de possíveis medidas monetárias mais restritivas.

Antes, dados que mostrassem uma economia aquecida alimentavam a preocupação com a inflação, levando os investidores a migrarem para a renda fixa em detrimento da renda variável. No entanto, as coisas parecem ter mudado. Na última semana, as encomendas às indústrias nos Estados Unidos tiveram uma queda de 3,6% em outubro, o que levou à queda dos índices acionários tanto nos EUA quanto no Brasil.

Por outro lado, os dados de emprego nos EUA foram melhores do que o esperado, animando as Bolsas. Em novembro, foram criadas 199 mil vagas, superando as expectativas do mercado. Como resultado, as bolsas em Nova York subiram, atingindo o maior patamar do ano.

Essa mudança de comportamento demonstra que dados econômicos muito fracos não são mais tão positivos para as bolsas como antes. Uma economia pouco aquecida, embora possa indicar uma queda dos juros e uma menor inflação, também significa que as empresas irão lucrar menos e ter seu preço afetado.

No Brasil, uma economia global mais fraca se faz sentir no Ibovespa, principalmente devido à dependência do país nas exportações de commodities. Na última semana, o índice teve quedas relevantes, prejudicado principalmente pelas empresas exportadoras desses produtos. Além disso, as incertezas em relação ao desempenho da economia global geram preocupações quanto à demanda por matérias-primas.

É importante destacar que o mercado funciona antecipando dados e, no caso do Brasil, ele acaba sendo dependente do fluxo estrangeiro. A alta expressiva desde o final de outubro indica que o mercado já precificou o fim do aumento das taxas de juros. Agora, a questão a ser monitorada é se o esfriamento econômico será suave ou se intensificará para uma recessão.

Segundo analistas, a situação econômica mundial está um pouco mais delicada e o impacto dos juros mais altos tende a ter um atraso. É provável que o mercado, nos próximos meses, perca um pouco de força até se ajustar ao novo cenário. No entanto, o sentimento não é negativo, apenas está em um momento de calmaria, aguardando confirmações quanto ao futuro.

Em resumo, a mudança no cenário econômico global indica que uma atividade mais fraca não é mais um gatilho para as bolsas. A discussão agora se volta para quando o Federal Reserve irá cortar os juros. O mercado financeiro continua atento às movimentações e espera por mais sinais para definir seu posicionamento.

Publicidade
Publicidade
🡡