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CCR mira eficiência energética e reforça seletividade em novas concessões

CCR mira eficiência energética e reforça seletividade em novas concessões

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CCR reforça estratégias de eficiência energética e seletividade em novas concessões

A CCR, empresa que atua nos setores de concessões de infraestrutura e mobilidade urbana, está planejando sinalizar suas prioridades de gestão em seu próximo investor day. O novo CEO da empresa, Miguel Setas, pretende focar em tornar a CCR uma empresa mais simples, previsível e que gere valor.

Um dos objetivos da nova gestão é investir em energia limpa, buscando ter 100% de suas operações utilizando energia renovável até o final do próximo ano. A empresa já faz geração própria de 3 megawatts e está considerando contratos com fornecedores de energias renováveis e autogeração. A intenção é encontrar um modelo que seja eficiente em termos de custo e que também possa gerar negócios.

A CCR é uma das maiores consumidoras de energia elétrica do Brasil, gastando cerca de R$ 400 milhões por ano. Por esse motivo, o uso de energia limpa é uma questão relevante para a empresa, principalmente no setor de transporte público, no qual a CCR possui uma vertical significativa.

Outro plano da gestão de Setas é a implementação de trens movidos a hidrogênio verde. Essa tecnologia tem ganhado tração em países como China, França e Alemanha, e a CCR está buscando fornecedores estrangeiros que forneçam essa solução. Além disso, a empresa também está em negociação com empresas brasileiras para a produção desse tipo de hidrogênio no país.

No que diz respeito à governança, Setas destacou que a empresa passou por transformações nos últimos cinco anos para aprimorar seu compliance, após envolvimento de ex-executivos em escândalos de corrupção. A entrada dos acionistas Itaúsa e Votorantim na empresa reforça a confiança e a diligência realizada nesse sentido.

Em relação a novas concessões, a CCR está adotando uma postura mais seletiva. A empresa tem um pipeline de cerca de R$ 220 bilhões em concessões de rodovias e R$ 20 bilhões em transporte de passageiros nos próximos anos. No entanto, a empresa não disputou o último leilão de concessões de rodovias no Paraná, por não encontrar perspectivas de taxa de retorno que justificassem o investimento. A avaliação de risco e retorno é o que vai prevalecer nas futuras decisões de investimento da empresa.

Apesar de ter um endividamento líquido de R$ 23,2 bilhões, a CCR conseguiu reduzir sua alavancagem de 3,2 vezes para 2,9 vezes no último trimestre. A empresa mantém seu foco em mobilidade urbana e no mercado brasileiro, onde a maior parte da população vive em grandes centros urbanos.

No primeiro trimestre deste ano, a CCR registrou um lucro líquido ajustado de R$ 520,2 milhões, um aumento de 88% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida também apresentou crescimento, atingindo R$ 6,33 bilhões.

Com a implementação de estratégias de eficiência energética e uma postura mais seletiva em novas concessões, a CCR busca otimizar seus resultados financeiros e reforçar seu compromisso com a sustentabilidade. Essas medidas, aliadas ao crescimento do setor de mobilidade urbana no Brasil, podem trazer boas oportunidades para a empresa e para os investidores individuais interessados no mercado financeiro nacional.

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