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Câmara aprova arcabouço fiscal, uma vitória para Lula

Câmara aprova arcabouço fiscal, uma vitória para Lula

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A Câmara dos Deputados acaba de aprovar um novo arcabouço fiscal que substituirá o atual teto de gastos e estabelecerá regras orçamentárias mais flexíveis. Essa vitória para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ajudar o governo a cumprir suas promessas de programas sociais e investimentos em infraestrutura.

O texto, aprovado por 379 votos contra 64, oferece uma maior flexibilidade nos gastos, permitindo que eles aumentem de acordo com as receitas tributárias. No entanto, também estabelece um certo rigor ao limitar o aumento das despesas a 70% do crescimento das receitas primárias. Essas mudanças entrarão em vigor no próximo ano e substituirão o limite de gastos introduzido em 2016, durante o governo de Michel Temer.

Vale ressaltar que o projeto passou pela Câmara dos Deputados em maio, mas foi necessário uma nova votação após modificações introduzidas pelo Senado. Uma dessas modificações é a isenção das regras do arcabouço para o Fundeb, fonte de financiamento da educação básica.

Essa aprovação chega em um momento em que o governo de Lula busca retomar programas sociais, como o Bolsa Família, e fortalecer os órgãos estatais de conservação ambiental, que enfrentaram cortes significativos no orçamento durante o governo de Jair Bolsonaro.

Após sua vitória nas eleições de outubro, Lula se comprometeu a conciliar "orçamento, responsabilidade social e desenvolvimento sustentável". Durante seus mandatos anteriores, o Brasil experimentou um robusto investimento em programas sociais que contribuíram para a redução da pobreza.

No entanto, a situação econômica atual é bem diferente do período anterior, em que o Brasil se beneficiava de preços elevados das commodities. Mesmo com a melhoria na classificação de risco do país pela Fitch, existem dúvidas quanto à capacidade do governo de cumprir suas metas devido à dependência da arrecadação.

Recentemente, o governo lançou o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê investimentos públicos e privados de cerca de R$1,7 trilhão. As novas regras orçamentárias serão fundamentais para garantir o financiamento desse programa.

A aprovação do arcabouço fiscal reflete uma melhor percepção da economia e das relações do presidente Lula com o Congresso. Segundo uma pesquisa de opinião da consultoria Quaest, a aprovação de Lula aumentou para 60% em agosto.

Essa nova medida tem impacto direto no mercado financeiro e nos investidores individuais no Brasil. A flexibilização do teto de gastos pode gerar uma maior expectativa de investimentos por parte do governo, aquecendo a economia e aumentando as oportunidades de lucro para os investidores.

Por outro lado, é importante mencionar que ainda existem incertezas quanto à capacidade do governo de cumprir suas metas, devido à dependência das receitas tributárias. Essa discussão continuará, pois é necessário avaliar se o governo conseguirá manter o equilíbrio entre as despesas e as receitas.

No geral, essa nova medida fiscal traz esperança para o governo de Lula em cumprir suas promessas sociais e impulsionar a economia. Resta agora acompanhar de perto a implementação dessas mudanças e seus impactos no mercado e na vida dos brasileiros.

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