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Braskem é excluída do índice de sustentabilidade da Bolsa por desastre em Maceió

Braskem é excluída do índice de sustentabilidade da Bolsa por desastre em Maceió

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Braskem é excluída do índice de sustentabilidade da Bolsa por desastre em Maceió

A Bolsa de Valores brasileira, conhecida como B3, anunciou nesta terça-feira (5) a exclusão da Braskem do seu índice de sustentabilidade, o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial). A medida, que passa a valer a partir da próxima sexta-feira (8), se deve ao desastre ocorrido em Maceió, atribuído a ações da empresa. A decisão levou em consideração aspectos como o impacto ESG da crise, a gestão da crise pela Braskem, o impacto de imagem e a resposta da companhia diante do problema.

Exclusão não é um pré-julgamento, mas uma aplicação da metodologia do ISE

A exclusão da Braskem do ISE não deve ser vista como um pré-julgamento das responsabilidades da empresa, mas sim como uma aplicação da metodologia do índice. Essa metodologia prevê a eliminação de empresas que se envolvem em incidentes que as tornam incompatíveis com os objetivos do ISE, que busca reunir companhias com boas práticas ambientais, sociais e corporativas.

Segunda vez que uma companhia é excluída do ISE por questões ambientais

Essa é a segunda vez que uma empresa é excluída do ISE por questões ambientais. A primeira foi a Vale, em 2019, após o desastre de Brumadinho. Outras empresas já foram retiradas do índice, mas por motivos diversos, como pedido de recuperação judicial.

Possibilidade de retorno ao índice e critério de pontuação

A exclusão da Braskem do ISE é referente à carteira de 2023, que vale até o fim do ano. No entanto, a empresa pode retornar ao índice no próximo ano, dependendo de sua nota no RepRisk, que indica o risco reputacional de uma organização. Nesse caso, a pontuação precisa ser igual ou menor a 50 pontos. A próxima prévia do ISE 2024 será anunciada no dia 18 de dezembro.

Problemas em Maceió e o desastre ambiental

O desastre ocorrido em Maceió está relacionado a tremores sísmicos e afeta uma área equivalente a 20% do território da cidade. Os primeiros tremores, registrados em março de 2018, causaram rachaduras e afundamentos do solo em ruas. Em 2019, foi concluído pelo Serviço Geológico do Brasil que as atividades de mineração da Braskem em uma área de falha geológica foram responsáveis pelo problema. Desde então, cerca de 60 mil pessoas tiveram que deixar suas casas na capital alagoana.

Impacto no mercado financeiro e para investidores individuais no Brasil

A exclusão da Braskem do índice de sustentabilidade da Bolsa pode ter impactos significativos no mercado financeiro e para investidores individuais no Brasil. A empresa, ao ser excluída do ISE, pode enfrentar uma desvalorização de suas ações e uma redução da confiança dos investidores. Além disso, a exclusão pode dificultar o acesso da Braskem a fontes de financiamento sustentável e impactar sua imagem perante o mercado.

Importância da análise ESG para investidores

O caso da Braskem reforça a importância da análise ESG (ambiental, social e corporativa) para os investidores, que cada vez mais levam em consideração critérios sustentáveis na hora de tomar suas decisões de investimento. Empresas que não apresentam boas práticas nessas áreas podem sofrer consequências no mercado financeiro e perder oportunidades de crescimento.

Em resumo, a exclusão da Braskem do índice de sustentabilidade da Bolsa por conta do desastre em Maceió tem impactos importantes tanto para a empresa quanto para o mercado financeiro. Investidores e analistas devem acompanhar de perto os desdobramentos desse caso, considerando os aspectos ESG e o impacto nas ações da empresa. A exclusão do ISE reforça a necessidade de boas práticas ambientais, sociais e corporativas por parte das empresas, e evidencia a crescente importância da análise ESG no mercado de investimentos no Brasil.

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