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Braskem, a empresa multada por danos em Maceió e cobiçada por estatal árabe

Braskem, a empresa multada por danos em Maceió e cobiçada por estatal árabe

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Braskem, a empresa multada por danos em Maceió e cobiçada por estatal árabe

O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) anunciou na terça-feira (05/12) que multou a Braskem em mais de R$ 72 milhões por problemas relacionados à mina 18, no bairro do Mutange, em Maceió. Segundo o IMA-AL, a empresa teria omitido informações sobre a situação da mina. No entanto, a Braskem nega a acusação e afirma que a declaração do IMA-AL é "inverídica".

Desde o início da crise, no dia 29 de novembro, as ações da Braskem na B3 têm apresentado queda. A situação é preocupante para a empresa, que possui como maiores acionistas a Novonor (antiga Odebrecht) e a Petrobras. A crise em Maceió pode afetar negativamente a capacidade da empresa de honrar suas dívidas e acesso aos mercados de capitais, uma vez que os investidores estão cada vez mais preocupados com questões ambientais, sociais e de governança.

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota da Braskem em agosto deste ano, devido à vulnerabilidade da empresa diante da recessão do setor petroquímico. Além disso, a crise em Maceió pode resultar em um aumento significativo de novas ações judiciais contra a empresa.

A situação também preocupa os moradores de Maceió, que tiveram que evacuar suas casas devido ao risco de colapso da mina 18. A Defesa Civil emitiu um alerta e a área continua isolada. A velocidade de movimentação do solo tem diminuído, mas a situação permanece indefinida.

No momento, a empresa está sendo cobiçada pela Adnoc, empresa petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos, que fez uma oferta de US$ 2,1 bilhões para adquirir parte da participação da Novonor na Braskem. No entanto, a oferta não parece ter empolgado as partes envolvidas.

A situação da Braskem em Maceió também chamou a atenção internacionalmente. A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou em uma conferência na Alemanha que o empreendimento na capital alagoana é "desastroso" e pediu maior rigor nos processos de licenciamento ambiental. A empresa decidiu cancelar sua participação na COP28 devido ao agravamento da crise.

A Braskem já firmou acordos com o Ministério Público e a Defensoria Pública, tanto a níveis estadual quanto federal, para compensar os danos causados. Até o momento, a empresa desembolsou cerca de R$ 9,2 bilhões em compensações financeiras ao poder público e aos moradores afetados. A Braskem continua apresentando propostas de compensação e afirma que a maioria delas foi aceita e paga.

Em resumo, a crise enfrentada pela Braskem em Maceió tem impactado negativamente a empresa, tanto no âmbito financeiro quanto na confiança dos investidores. A multa aplicada pelo IMA-AL e as possíveis repercussões jurídicas e ambientais podem comprometer ainda mais a situação da empresa. Além disso, a oferta da estatal árabe para adquirir parte da participação da Novonor também gera incertezas sobre o futuro da Braskem.

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