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Brasil pede às nações ricas que paguem pela transição energética global

Brasil pede às nações ricas que paguem pela transição energética global

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O Brasil pede às nações ricas que paguem pela transição energética global

O Brasil está solicitando que as nações ricas assumam a responsabilidade financeira pela transição mundial para a energia sustentável. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, os países em desenvolvimento não possuem recursos suficientes para financiar uma transição energética nos moldes da Europa e dos Estados Unidos.

De acordo com Silveira, as nações industrializadas devem enfrentar desafios maiores, pois dependem de fontes de energia menos limpas do que os países do Sul Global. O Brasil tem sido um forte defensor para que as nações desenvolvidas cumpram suas promessas de financiamento climático, que até agora estão muito aquém do necessário para evitar um aumento superior a 1,5 grau Celsius na temperatura global.

Nesse sentido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve mencionar novamente esse pedido durante a reunião da Assembleia Geral da ONU. Desde que assumiu o poder, Lula tem buscado apoio internacional para salvar a Floresta Amazônica e encontrar soluções de financiamento climático.

O Brasil enxerga a transição para energia limpa como uma oportunidade para impulsionar sua posição no comércio global. Segundo o ministro Silveira, o país espera atrair US$ 400 bilhões em investimentos na próxima década para a produção de biocombustíveis, incluindo combustível de aviação sustentável e diesel verde. Ele vê a produção de biocombustíveis como a "libertação do cartel da OPEP" ao fornecer energia limpa aos países industrializados.

Para Silveira, os países industrializados dependerão cada vez mais da maior economia da América Latina para obter biocombustíveis e hidrogênio verde. Ele afirma que o hidrogênio verde, como fonte de energia descarbonizada nas nações desenvolvidas, virá principalmente dos países do Sul Global.

O ministro defende que as gigantes brasileiras de commodities, Petrobras e Vale, liderem a transição energética no mercado interno, incluindo a produção e uso de hidrogênio verde.

Apesar do Brasil pressionar pela agenda climática globalmente, o país também deseja aumentar a produção interna de petróleo. A Petrobras continuará a expandir a produção de combustíveis fósseis nas próximas décadas, alcançando um recorde este ano e com projeção de crescimento até 2030.

Contudo, essa abordagem tem gerado críticas e tensões entre os aliados de Lula, principalmente em relação à abertura de novas bacias petrolíferas em áreas ecologicamente sensíveis, como a Margem Equatorial.

Alexandre Silveira argumenta que o Brasil precisa encontrar formas de financiar a transição energética e reconhece que é necessário exposição, desenvolvimento potencial e recursos financeiros para promover essa transição.

Portanto, o Brasil busca apoio internacional para financiar sua transição para a energia sustentável, enquanto expande também a produção de petróleo. O país espera atrair investimentos significativos para a produção de biocombustíveis e posiciona-se como um importante fornecedor de energia limpa para os países industrializados.

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