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Brasil fora do top 10 de CEOs, descontos da Apple na China e o que importa no mercado

Brasil fora do top 10 de CEOs, descontos da Apple na China e o que importa no mercado

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Nesta semana, um levantamento realizado pela PwC mostrou que pela primeira vez em dez anos, o Brasil está fora do top 10 dos mercados considerados estratégicos para o empresariado mundial. A pesquisa ouviu 4.700 líderes empresariais ao redor do mundo e foi divulgada durante a reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos.

Como resultado da alta dos juros globalmente, as empresas estão voltando suas atenções para mercados internos e para os Estados Unidos, onde os retornos financeiros estão maiores devido ao aperto monetário. De acordo com Marco Castro, sócio-presidente da PwC Brasil, esse movimento é justificado pelo fato de que muitos executivos acreditam que suas empresas serão economicamente inviáveis em dez anos.

Um dos dados que chamam a atenção no relatório é o tempo consumido em atividades como reuniões e e-mails, que é considerado ineficiente por muitos executivos. Além disso, a pesquisa também mostrou que os CEOs entrevistados esperam maior produtividade com a adoção de modelos de inteligência artificial, porém apenas 1 em cada 3 empresas participantes já adotaram essa tecnologia.

Outro ponto que merece destaque é a preocupação da Apple com a concorrência chinesa. A empresa adotou uma estratégia raríssima na China, oferecendo descontos em seus produtos antes de um dos maiores períodos de compras do ano no país, o Ano Novo Lunar. Essa medida é uma resposta à crescente preferência dos consumidores chineses por smartphones desenvolvidos por empresas locais, como o Huawei, que tem conquistado o mercado chinês.

No entanto, o mercado chinês tem representado um desafio para a Apple, já que a queda na demanda por iPhones é apontada como a principal causa para a queda nas receitas da empresa nos últimos trimestres. Na semana passada, a Apple perdeu para a Microsoft o posto de empresa de capital aberto mais valiosa do mundo.

No cenário das criptomoedas, a Binance, maior corretora cripto do mundo, tem movimentado recursos sob o argumento de não ter sede no Brasil. A operação brasileira da corretora é liderada por Guilherme Haddad Nazar, sobrinho de Edir Macedo. A Binance está sob investigação desde o final do ano passado, quando admitiu em um processo nos EUA e concordou em pagar multas no valor de R$ 16,6 bilhões. A empresa também esteve no alvo da CPI das Pirâmides Financeiras, sendo caracterizada como a plataforma preferida para aplicar golpes.

É importante ressaltar que a Binance não paga ISS (Imposto Sobre Serviço) sobre as taxas de corretagem e tampouco reporta à Receita Federal as transações dos usuários para que paguem imposto de renda sobre o ganho de capital. Discute-se a necessidade de regulamentação do mercado de criptomoedas no Brasil, e uma possível medida seria exigir que empresas estrangeiras que operem no mercado tenham sede no país.

No mercado financeiro brasileiro, as ações do Grupo Pão de Açúcar e da Gol estiveram em destaque nesta segunda-feira. O Grupo Pão de Açúcar comunicou ao mercado que convocou uma assembleia para decidir sobre uma oferta subsequente de ações que pode movimentar cerca de R$ 1 bilhão. Já as ações da Gol tiveram queda devido à notícia de que a companhia aérea avalia entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos em até um mês.

Esses foram alguns dos principais acontecimentos no mercado financeiro e de investimentos. Fique por dentro das notícias econômicas assinando nossa newsletter para receber em seu email o que de mais importante acontece na área.

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