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Brasil elimina gargalos para desbancar EUA como maior exportador de milho

Brasil elimina gargalos para desbancar EUA como maior exportador de milho

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Brasil está a caminho de se tornar o maior exportador de milho do mundo

O Brasil está prestes a ultrapassar os Estados Unidos como o maior exportador mundial de milho. Isso se deve a uma colheita abundante e avanços logísticos, principalmente o fortalecimento das rotas de exportação da região Norte, que estão aumentando a competitividade do país.

As hidrovias da bacia do rio Amazonas estão impulsionando esse avanço, tornando a região Norte do Brasil capaz de superar o volume de exportação de milho pelo Porto de Santos pelo terceiro ano consecutivo. Essa mudança mostra como o Brasil está finalmente superando os gargalos logísticos que dificultavam o envio de seus produtos aos mercados globais.

Essa conquista é crucial para o Brasil, que produz uma quantidade significativa de milho e possui vastas extensões de terras agrícolas ainda subutilizadas. Além disso, um novo acordo de fornecimento com a China, anunciado no último ano, indica que o Brasil pode estender sua supremacia nas exportações de milho em relação aos Estados Unidos.

As rotas de exportação da região Norte se beneficiaram de investimentos em terminais portuários privados, construídos principalmente por empresas como Cargill, Bunge e Hidrovias do Brasil. Essas estruturas conectam áreas de produção agrícola a portos na Amazônia, como Itacoatiara, Santarém e Barcarena.

Um exemplo desse crescimento é o terminal Tegram em Itaqui, no Maranhão, que teve um aumento de 306% em seus volumes de exportação de grãos nos últimos oito anos. Essa expansão portuária foi impulsionada por uma legislação que incentivou investimentos de longo prazo em terminais de uso privado.

Embora essas melhorias sejam significativas, a indústria agrícola brasileira ainda enfrenta desafios, como a falta de capacidade de armazenamento de grãos em comparação com outros competidores globais. Isso resulta na necessidade de vender rapidamente as colheitas ou em congestionamentos nas estradas durante os picos de safra, o que eleva os custos de transporte.

No entanto, a capacidade de exportação aprimorada permitiu ao Brasil competir em custos logísticos com os agricultores dos Estados Unidos. Para enviar uma tonelada de soja de Iowa para Xangai, por exemplo, o custo pelo Porto de Santos está apenas 5% mais caro em comparação com um embarque pelos portos norte-brasileiros, enquanto em 2008 essa diferença era de 77%.

Essas mudanças são cruciais para a economia, já que o Brasil prevê alcançar uma produção histórica de quase 130 milhões de toneladas de milho em 2023. As exportações também atingirão a marca de 50 milhões de toneladas pela primeira vez. No entanto, o aumento da oferta pode fazer com que os preços do milho caiam, o que pode desencorajar os agricultores brasileiros a aumentarem ainda mais a produção.

Esse crescimento nas exportações de milho também reflete um esforço contínuo do Brasil em diversificar suas rotas de exportação e fortalecer sua posição como uma potência agrícola. Com investimentos em infraestrutura logística e acordos comerciais estratégicos, o país está consolidando sua liderança global nesse setor.

No entanto, é importante observar que a indústria agrícola brasileira ainda enfrenta desafios, como a falta de capacidade de armazenamento e a necessidade de mais investimentos em infraestrutura para sustentar o crescimento contínuo.

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