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Botafogo pede recuperação extrajudicial; Vivo, Vale, TAM e Odebrecht estão entre os maiores credores

Botafogo pede recuperação extrajudicial; Vivo, Vale, TAM e Odebrecht estão entre os maiores credores

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Botafogo entra com pedido de recuperação extrajudicial

O Botafogo de Futebol e Regatas, um dos mais tradicionais clubes de futebol do Brasil, entrou com um pedido de recuperação extrajudicial para resolver quase R$ 405 milhões em dívidas. O pedido foi protocolado na Justiça do Rio de Janeiro e propõe um corte de 40% a 90% no valor dos débitos, além de um pagamento em até 15 anos.

Principais credores e proposta de pagamento

Dentre os maiores credores do clube estão empresas como a Vale, a Telefônica Vivo, a Latam (dona da TAM) e a Novonor (antiga Odebrecht). O Botafogo também possui dívidas com o São Paulo Futebol Clube, a família Moreira Salles e até os Ministérios Públicos Federal e do Rio.

O plano proposto pelo clube para equacionar as dívidas quirografárias (sem garantia) inclui descontos de 90% para quem quiser receber até 31 de março de 2024, um deságio de 40% para quem optar por receber em 156 parcelas ao longo de 13 anos, com os pagamentos iniciando apenas daqui a 2 anos, ou a opção de receber R$ 20 mil.

Aprovação do plano pelos credores

Agora, os credores precisam aprovar o plano apresentado em até 90 dias. Segundo informações do Botafogo, empresas que representam 34,9% da dívida já aceitaram os termos, incluindo a Novonor.

Porém, é importante ressaltar que para o plano ser aprovado, é necessário que os credores que detenham mais da metade da dívida concordem com a proposta.

Impactos no mercado financeiro e para investidores individuais

A entrada do Botafogo com o pedido de recuperação extrajudicial pode ter impactos significativos no mercado financeiro e também para investidores individuais. Isso porque o clube possui dívidas com empresas listadas na Bolsa, como a Latam Airlines, a Telefônica Brasil S/A (dona da Vivo) e a Vale.

Os investidores dessas empresas podem sofrer as consequências da negociação da dívida do Botafogo, como possíveis perdas financeiras e impactos nos resultados das empresas.

Análise do advogado especializado em direito empresarial

O advogado Gabriel de Britto Silva, especializado em direito empresarial, faz uma análise crítica sobre o plano proposto pelo Botafogo. Segundo ele, a Justiça carioca deve analisar o plano com prudência, pois é possível que esteja se consolidando a legalização de um calote.

O advogado ressalta que os credores têm como opções receber apenas 10% do valor que lhes é devido, receber com deságio de 40% em parcelas ao longo de 156 meses, começando apenas após a homologação do plano, ou receber apenas R$ 20 mil. Ele questiona a razoabilidade dessas opções e afirma que pagar apenas 10% do que se deve viola princípios básicos de plausibilidade e bom senso.

Considerações finais

O Botafogo busca resolver suas dívidas por meio do pedido de recuperação extrajudicial. O plano proposto pelo clube visa quitar suas dívidas, que chegam a quase R$ 405 milhões, por meio de descontos e pagamentos em longo prazo. A aprovação do plano pelos credores é fundamental para a solução das dívidas.

No entanto, a negociação da dívida do Botafogo pode ter impactos no mercado financeiro, especialmente para os investidores das empresas listadas na Bolsa com as quais o clube possui dívidas.

É importante ficar atento aos desdobramentos dessa situação e acompanhar as decisões dos credores e a análise da Justiça sobre o plano de recuperação extrajudicial apresentado pelo Botafogo.

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