Bolsas de NY fecham mistas, com desaceleração de emprego dos EUA e pressão de energia

As bolsas de Nova York encerraram o pregão de hoje sem um sinal único, em um dia marcado pela volatilidade. Houve um certo impulso proporcionado pelos dados mais fracos do emprego nos Estados Unidos e pela desaceleração dos rendimentos dos Treasuries. No entanto, o setor de energia exerceu pressão sobre os mercados.

O índice Dow Jones registrou uma queda de 0,22%, fechando aos 36.124,56 pontos. Já o S&P 500 recuou 0,06%, encerrando o dia com 4.567,18 pontos. Por sua vez, o Nasdaq apresentou uma valorização de 0,31%, chegando aos 14.229,91 pontos.

Durante a manhã, os índices ganharam fôlego após o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos revelar que a abertura de postos de trabalho desacelerou para 8,7 milhões em outubro, na semana do relatório de empregos (payroll), que será divulgado nesta sexta-feira. Esse dado levou o mercado a aumentar as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) dará início a um corte nos juros em março, conforme aponta a plataforma do CME Group. A ferramenta FedWatch indicou, por volta das 18 horas, uma probabilidade de 64,1% de que a taxa básica esteja abaixo do valor atual (entre 5,25% e 5,50%) em março.

No entanto, o setor de energia exerceu pressão sobre os mercados, com destaque para a queda de 1,37% na Chevron e a redução de 1,93% na Exxon Mobil. Entre os 11 subíndices do S&P 500, o setor de energia foi o que mais sofreu, com uma retração de 1,7%.

O sócio-fundador da Arbor Capital, Leonardo Otero, destaca que em 2024 é provável que as principais economias realizem cortes nos juros, o que pode tornar o próximo ano positivo para as bolsas. Entretanto, Otero chama atenção para o fato de que, apesar do desempenho positivo acumulado do S&P 500 ao longo deste ano, o índice apresenta uma queda na pontuação em 2022, indicando tecnicamente que ele ficou "parado" nos últimos 24 meses.

Em suma, o fechamento misto das bolsas de Nova York hoje refletiu a volatilidade do mercado, impulsionada pelos dados do emprego nos Estados Unidos e pelos rendimentos dos Treasuries. O setor de energia exerceu pressão negativa sobre os mercados, enquanto as expectativas de cortes nos juros do Federal Reserve geraram certo otimismo. Individualmente, é importante considerar a possibilidade de um ano positivo para as bolsas em 2024, mesmo que o desempenho recente do S&P 500 indique uma estagnação nos últimos dois anos.

*Com informações da Dow Jones Newswires