Bolsas da Ásia fecham mistas, com Tóquio penalizada por escândalo de segurança na Toyota

Os índices acionários da Ásia tiveram fechamentos mistos nesta quinta-feira, 21, com a Bolsa de Tóquio enfrentando uma queda de mais de 1% devido aos impactos de um escândalo de segurança na Toyota. Enquanto isso, os negócios chineses conseguiram se recuperar após as perdas do dia anterior.

A subsidiária Daihatsu, da Toyota, anunciou a suspensão temporária de todos os seus veículos no Japão e no exterior após uma investigação independente descobrir 174 irregularidades em 64 modelos, alguns deles vendidos pela própria controladora. Essas irregularidades estão relacionadas a suspeitas de manipulação de testes de colisão. Além disso, a Toyota também informou que fará o recall de 1 milhão de veículos nos Estados Unidos devido a problemas relacionados ao airbag.

Essa situação teve um impacto negativo na ação da montadora, que caiu 4,03% em Tóquio. Por outro lado, a empresa rival Suzuki Motor, se beneficiou desse cenário, registrando um aumento de 2,13%.

Como resultado, o índice Nikkei encerrou o dia em baixa de 1,59%, aos 33.140,47 pontos.

Em contrapartida, o índice Hang Seng de Hong Kong ganhou 0,04%, a 16.621,13 pontos. Já na China continental, a Bolsa de Xangai teve um avanço de 0,57%, a 2.918,71 pontos, e a Bolsa de Shenzhen, de menor abrangência, ganhou 0,90%, a 1.801,50 pontos. Esses ganhos contribuem para recompor parte da desvalorização recente, que estava relacionada à incerteza do quadro econômico no país asiático.

Esse movimento nas bolsas asiáticas acompanhou a cautela vista em Wall Street ontem, enquanto os dirigentes do Federal Reserve (Fed) buscavam conter as expectativas de cortes agressivos de juros no próximo ano. O presidente da filial do BC americano na Filadélfia, Patrick Harker, afirmou que não espera um relaxamento monetário tão cedo.

É importante que investidores brasileiros acompanhem esses movimentos no mercado financeiro asiático, especialmente relacionados à Toyota, pois podem impactar também as empresas brasileiras que possuem parcerias ou dependem do mercado asiático.

Sujeito a alterações com base nas informações fornecidas pela Dow Jones Newswires.