Biden promete novas medidas para baratear remédios nos EUA
29/08/2023Presidente Biden promete reduzir preços de medicamentos nos EUA e enfrenta protestos da indústria farmacêutica
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou uma medida ousada para aliviar o bolso dos americanos: a redução do preço de dez medicamentos utilizados no tratamento de doenças graves. Essa promessa tem causado polêmica e protestos por parte das empresas farmacêuticas.
Em seu comunicado, o presidente democrata reforçou que, enquanto a indústria farmacêutica acumula lucros recordes, muitos americanos precisam fazer uma escolha difícil entre pagar pelos medicamentos essenciais para viver ou arcar com despesas básicas, como alimentação e moradia. Biden afirma que esses dias estão chegando ao fim.
Um estudo da Rand Corporation revelou que os Estados Unidos pagam em média 2,5 vezes mais pelos medicamentos com receita do que países como a França. Diante desse cenário, a reforma proposta por Biden faz parte da Lei de Redução da Inflação, um amplo programa que engloba reformas sociais e uma transição energética.
Inicialmente, a Casa Branca selecionou dez medicamentos, cujos preços agora podem ser negociados pelo Medicare, o sistema de saúde que fornece cobertura para pessoas acima de 65 anos. Em 2022, estima-se que os idosos tenham gasto cerca de 3,4 bilhões de dólares em tratamentos para coágulos sanguíneos, diabetes, problemas cardíacos, psoríase e câncer de sangue.
Um dos medicamentos afetados pela medida é o anticoagulante Eliquis (apixaban), utilizado por mais de 3,7 milhões de beneficiários do Medicare. O laboratório Bristol Myers Squibb, fabricante do medicamento, alertou que os beneficiários do Medicare que fazem uso do Eliquis atualmente têm custos relativamente baixos, pagando em média 55 dólares por mês. Eles afirmam que a iniciativa de Biden coloca esse benefício em risco.
A Johnson & Johnson, que produz dois dos remédios incluídos na medida, também expressou preocupação. Segundo a empresa, a reforma restritira a inovação médica, limitaria o acesso e a escolha dos pacientes, e teria um impacto negativo na qualidade geral do atendimento.
Essa medida de Biden terá repercussões não apenas nos Estados Unidos, mas também no mercado financeiro e para investidores individuais no Brasil. As empresas farmacêuticas lidam com uma grande pressão para encontrar soluções que equilibrem os custos dos medicamentos e a viabilidade de pesquisa e desenvolvimento.
É importante acompanhar de perto os desdobramentos dessa reforma nos Estados Unidos, pois a indústria farmacêutica global estará atenta a essas mudanças. Investidores brasileiros devem analisar os possíveis impactos no mercado financeiro, especialmente em relação às empresas farmacêuticas listadas nas bolsas de valores.
Essa provável redução nos preços dos medicamentos pode trazer desafios para as empresas do setor, mas também abre novas oportunidades para a inovação e investimentos em soluções mais acessíveis. Fique de olho nas movimentações do mercado e nas reações das empresas farmacêuticas diante dessa medida, pois elas podem indicar tendências futuras na área da saúde e no mercado de investimentos.