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Barroso profere quarto voto contra marco temporal no STF

Barroso profere quarto voto contra marco temporal no STF

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Supremo Tribunal Federal amplia placar contra o marco temporal para demarcação de terras indígenas

Nesta tarde, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu o quarto voto contra o marco temporal para demarcação de terras indígenas, ampliando o placar do julgamento para 4 votos a 2 contra a tese. O julgamento foi suspenso e será retomado na quarta-feira (6).

Barroso citou o julgamento que garantiu a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, e afirmou que a Constituição protege o direito dos indígenas à sua identidade cultural e assegura o direito à terra. Segundo ele, não existe um marco temporal fixo e inexorável, e a ocupação tradicional também pode ser demonstrada pela persistência na reivindicação de permanência na área.

Além de Barroso, os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin também se manifestaram contra o marco temporal. Por outro lado, Nunes Marques e André Mendonça se manifestaram a favor. Moraes e Zanin votaram contra o limite temporal, mas estabeleceram a possibilidade de indenização a particulares que adquiriram terras de boa-fé, ou seja, sem saber que a área deveria ser considerada como terras indígenas. Essa possibilidade de indenização é criticada pelo movimento indigenista, que a considera "desastrosa" e capaz de inviabilizar as demarcações.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) também se posicionou contrariamente à indenização ou compensação de território, argumentando que isso aumentará os conflitos no campo.

O processo que motivou a discussão no STF trata da disputa pela posse da Terra Indígena (TI) Ibirama, em Santa Catarina, habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani, e cuja posse de parte da terra é questionada pela procuradoria do estado.

Com a posição dos ministros contrários ao marco temporal, o julgamento sinaliza um possível avanço nas demarcações de terras indígenas no Brasil. Esse cenário pode trazer impactos significativos no mercado financeiro e para investidores individuais, principalmente aqueles que possuem negócios ou propriedades em áreas que podem ser afetadas pelas demarcações.

Os investidores devem ficar atentos às decisões do STF e às possíveis consequências para setores econômicos como agronegócio, mineração e infraestrutura, que têm interesse nas áreas em disputa. As demarcações de terras indígenas podem resultar em embates jurídicos, paralisação de projetos e incertezas sobre a viabilidade de investimentos.

Portanto, é fundamental que os investidores acompanhem de perto esse julgamento e estejam preparados para possíveis desdobramentos que possam impactar diretamente seus investimentos e estratégias financeiras.

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