📰 Últimas notícias
Bancos tiveram custo de, pelo menos, R$ 14,2 bilhões com fraude na Americanas

Bancos tiveram custo de, pelo menos, R$ 14,2 bilhões com fraude na Americanas

Publicidade

Bancos tiveram custo de, pelo menos, R$ 14,2 bilhões com fraude na Americanas

No último ano, os grandes bancos do Brasil tiveram um custo de, pelo menos, R$ 14,2 bilhões devido à fraude contábil que levou a Americanas à recuperação judicial. Esse valor foi separado pelas instituições como provisões adicionais contra uma possível inadimplência da empresa. Com essas reservas extras, o lucro dos bancos foi impactado de forma negativa.

Os principais credores da Americanas, como Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil, separaram recursos suficientes para cobrir um calote de 100% da dívida da empresa. Essa medida foi tomada preventivamente, mesmo antes dos empréstimos da rede entrarem em atraso. Outros bancos seguiram essa mesma estratégia.

O acordo entre a Americanas e os credores atrasou devido à falta de demonstrações financeiras auditadas, que foram publicadas somente em novembro. Durante esse período, os empréstimos da empresa começaram a atrasar, o que levou os bancos a aumentarem suas provisões.

No total, a Americanas possui uma dívida de R$ 36,8 bilhões com credores financeiros. Parte dessa dívida será convertida em ações, fazendo com que os bancos se tornem acionistas da empresa, com uma fatia de até 48% do capital. A recuperação de crédito ocorrerá através da venda dessas ações na bolsa de valores, podendo ser realizada de forma escalonada nos próximos três anos.

No entanto, a venda das ações não acontecerá de forma imediata, uma vez que cada ação será subscrita a R$ 1,30, em comparação com a cotação atual de cerca de R$ 0,90 na B3. Portanto, se a capitalização já tivesse ocorrido e os bancos vendessem as ações atualmente, eles teriam prejuízo.

O plano de conversão de dívidas proposto pelos acionistas de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, foi inicialmente rejeitado pelos bancos, mas acabou sendo aceito após um aumento no aporte oferecido pelos empresários. Além disso, o risco sistêmico de uma eventual quebra da empresa também contribuiu para a convergência de interesses entre os bancos e a Americanas.

No plano aprovado pelos credores, estão previstas condições mais favoráveis às instituições financeiras, como o reconhecimento das compensações para os bancos que utilizaram depósitos para liquidar empréstimos. Dessa forma, o valor da dívida abatida não será afetado pelos descontos e prazos da recuperação judicial.

Essa fraude contábil na Americanas teve um alto custo para os grandes bancos do Brasil, afetando seus lucros e exigindo a criação de reservas adicionais para possíveis perdas. No entanto, com o plano de conversão de dívida aprovado, os bancos se tornarão acionistas da empresa, possibilitando a recuperação gradual do crédito.

Publicidade
Publicidade
🡡