📰 Últimas notícias
Argentina: peso oficial tem queda histórica, dólar blue fecha estável e Bolsa encerra dia em queda após anúncios do novo governo

Argentina: peso oficial tem queda histórica, dólar blue fecha estável e Bolsa encerra dia em queda após anúncios do novo governo

Publicidade

Argentina: Peso oficial tem queda histórica, dólar blue fecha estável e Bolsa encerra dia em queda após anúncios do novo governo

O peso oficial da Argentina sofreu uma desvalorização de 54,24% no início do pregão desta quarta-feira (13), após o governo ultraliberal de Javier Milei anunciar um forte aperto fiscal para combater a inflação anual descontrolada. Isso levou o dólar a atingir a marca de 801 pesos às 10h02 (horário de Brasília), contra um fechamento anterior de 366,55 pesos.

No fechamento da quarta-feira, o dólar chegou a atingir 820 pesos, resultando em uma desvalorização de 55,30% do peso. Já o dólar blue, ou paralelo, teve uma escalada inicial que o levou a 1.150 pesos, mas perdeu força e fechou praticamente estável, a 1.040 na compra e 1.070 pesos para venda.

Enquanto isso, o índice de ações S&P Merval teve um aumento inicial de quase 7%, mas perdeu fôlego e fechou em queda de 0,65%, aos 1.003.483 pontos.

Os argentinos estão enfrentando uma inflação de aproximadamente 200% ao ano, com uma perda abrupta do poder de compra em seus salários. Além disso, o país enfrenta uma taxa de pobreza acima de 40% e reservas líquidas negativas nas contas do banco central em meio à estagflação.

O governo argentino delineou uma série de medidas ortodoxas para lidar com a crise financeira, incluindo cortes drásticos nos gastos e uma desvalorização do peso. O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que o dólar a 800 pesos é o valor mais alto desde o fim da conversibilidade na década de 1990. No entanto, a desvalorização foi um pouco maior do que o mercado esperava.

O banco central da Argentina manterá sua taxa de juros em 133% ao ano e imporá uma nova "paridade móvel" para enfraquecer o peso em 2% ao mês após a forte desvalorização. O governo também anunciou que cortará subsídios ao transporte e à energia, além de reduzir as obras públicas para eliminar o déficit fiscal e reduzir o risco-país.

Os impactos dessas medidas no mercado financeiro argentino resultaram em uma queda na Bolsa e volatilidade nas cotações do dólar. Os investidores estão atentos aos próximos passos do novo governo e suas propostas de reformas estruturais, que serão enviadas para sessões extraordinárias do Congresso Nacional.

A consultoria Capital Economics projeta que a Argentina precisa promover uma taxa de câmbio flexível e confiável, evitando uma supervalorização no futuro. Acredita-se que a eliminação dos rígidos controles de capital e a implementação de medidas para proteger as reservas do banco central serão fundamentais para a recuperação econômica do país.

Portanto, os investidores e as pessoas interessadas em finanças e investimentos brasileiras devem ficar atentos aos desdobramentos dessa crise na Argentina, pois as decisões tomadas pelo governo argentino podem ter impactos significativos no mercado financeiro global, incluindo o mercado brasileiro.

Publicidade
Publicidade
🡡