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Após recordes, Ibovespa inicia ano em baixa de 1,11%, aos 132,6 mil pontos

Após recordes, Ibovespa inicia ano em baixa de 1,11%, aos 132,6 mil pontos

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Ibovespa inicia o ano com queda após renovar máximas históricas

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, iniciou o ano em baixa, depois de atingir máximas históricas em sete das últimas dez sessões de 2023. O índice oscilou entre os 132.094,61 pontos (-1,56%) e os 134.194,94 pontos, fechando o dia em 132.696,63 pontos, com uma queda de 1,11%. O giro financeiro foi de R$ 19,7 bilhões. Nos Estados Unidos, os principais índices de ações também apresentaram resultados negativos, com o Nasdaq caindo 1,63% e o Dow Jones subindo apenas 0,07%.

Desempenho das ações de commodities e do dólar

No início do dia, as ações da Vale e Petrobras, empresas de peso e liquidez na B3, eram a exceção positiva. O minério de ferro reagiu positivamente às novas promessas de estímulo econômico do governo chinês e a dados de atividade melhores no país asiático. No entanto, os preços do petróleo caíram ao longo da tarde devido à notícia de que o Irã enviou um navio de guerra em resposta ao afundamento de três barcos por forças militares dos Estados Unidos. Os contratos futuros de petróleo fecharam com perdas de cerca de 1,5% (Brent de março) e 1,8% (WTI de fevereiro), refletindo o fortalecimento do dólar.

Impactos no mercado financeiro e para os investidores individuais

A queda do Ibovespa nesta sessão foi a mais aguda desde outubro de 2023. No entanto, algumas ações tiveram um desempenho positivo, como as do Pão de Açúcar (+3,20%) e CSN Mineração (+1,64%). Apenas nove dos 87 papéis que compõem a carteira do Ibovespa para o período janeiro-abril de 2024 subiram nesta sessão inaugural. Por outro lado, empresas como Azul (-8,18%), Alpargatas (-8,00%) e Gol (-6,91%) tiveram um desempenho negativo.

Cautela e realização de lucros

De acordo com Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, o dia foi de realização de lucros depois da forte alta de dezembro. Além disso, os investidores estão cautelosos em relação aos próximos passos, tanto no Brasil quanto no exterior. O aumento dos rendimentos dos Treasuries pressionou os ativos de renda variável, como as ações. Esta semana contará com uma forte agenda de indicadores, incluindo o relatório oficial sobre o mercado de trabalho americano na sexta-feira.

Impacto do contexto doméstico e veto presidencial

No contexto doméstico, o Ibovespa intensificou a realização de lucros no meio da tarde, após o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 emitir uma nota criticando a decisão do presidente Lula de vetar trechos da regra orçamentária. O veto ocorre em um momento delicado na relação entre Planalto e Congresso, após o governo propor uma solução contrária à prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Isso levou à realização de lucros, juntamente com a MP da Compensação, que desagradou aos parlamentares.

Perspectivas futuras

Os mercados internacionais já vinham demonstrando ceticismo em relação ao crescimento da economia global, especialmente nos Estados Unidos. Além disso, a crise no mercado imobiliário chinês também está preocupando os investidores. No entanto, até o momento, esses fatores têm afetado mais os mercados internacionais do que o Brasil. A expectativa é de que a cautela persista nos próximos dias, especialmente enquanto aguardamos a divulgação de indicadores importantes.

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