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Após quase perder os 131 mil pontos, Ibovespa reduz queda com NY, mas commodities pesam

Após quase perder os 131 mil pontos, Ibovespa reduz queda com NY, mas commodities pesam

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Ibovespa cai com desvalorização das commodities

O Ibovespa iniciou o pregão desta segunda-feira, 8, com uma queda que se manteve ao longo do dia. Apesar de apresentar uma pequena alta de 0,02% no início, chegando a atingir os 132.047,39 pontos, o principal índice da bolsa brasileira foi impactado pela desvalorização das commodities. Com receios em relação à demanda e ao desaquecimento mundial, o petróleo caiu mais de 3% no exterior, enquanto o minério de ferro fechou em baixa de 1,1% na China.

Essa desvalorização das commodities teve um impacto expressivo nas ações da Vale e da Petrobras, que registraram perdas significativas e foram responsáveis por quase metade da queda do Ibovespa. Por outro lado, os papéis da Azul, impulsionados pela queda do petróleo, apresentaram uma valorização de mais de 3%, sendo destaque entre as maiores altas do dia. A Gol também obteve um avanço de 1,75%.

Motivos da queda do petróleo no cenário internacional

A queda no preço do petróleo é motivada, em grande parte, pelos recentes acontecimentos no Mar Vermelho. Explosões no Irã e na Líbia, além de novos ataques a navios por parte do grupo Houthis, aumentaram a tensão na região. Além disso, a Saudi Aramco, empresa estatal de petróleo da Arábia Saudita, reduziu os preços para clientes em todas as regiões. Esses fatores contribuíram para a desvalorização do petróleo no cenário internacional, impactando as ações da Petrobras na bolsa brasileira.

Agenda econômica no Brasil e nos EUA

No cenário nacional, a inflação é um dos principais pontos em foco. Na quinta-feira, será divulgado o IPCA de 2023, e as projeções da Focus, pesquisa que coleta informações junto a instituições financeiras, foram mantidas para quase todos os anos contemplados na pesquisa, com exceção de 2023. O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, destaca a importância da semana em relação à inflação e ressalta que ainda há questões fiscais a serem resolvidas internamente.

Nos Estados Unidos, também serão divulgados dados de inflação que devem influenciar a calibragem das apostas em relação à queda dos juros no país. Após a divulgação do payroll, que apresentou uma geração de vagas acima do esperado, as perspectivas de corte de juros diminuíram e a chance de manutenção das taxas aumentou. Por isso, os investidores estarão atentos aos dados de inflação dos EUA, China e Brasil, que serão importantes para guiar as decisões em relação aos juros.

Mercado monitora desarmonia entre Congresso e governo

Além dos aspectos econômicos, os investidores também acompanham atentamente as questões políticas. O Congresso está envolvido em ruídos com o governo em relação à medida provisória (MP) da desoneração e há uma avaliação de que o Congresso rejeitará a MP. O governo, por sua vez, afirma que questionará a desoneração no Supremo Tribunal Federal (STF) caso não haja acordo. Essa desarmonia entre o Legislativo e o Executivo pode impactar o mercado financeiro.

Conclusão: Queda do Ibovespa atenuada com NY, mas commodities pesam

No mercado financeiro, o dia foi marcado pela queda do Ibovespa, influenciada principalmente pela desvalorização das commodities. As ações da Vale e da Petrobras registraram perdas expressivas, representando quase metade do recuo do índice. Enquanto isso, os papéis da Azul apresentaram uma elevação, impulsionados pela queda do petróleo.

A semana promete ser importante em relação aos dados de inflação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, que podem impactar as decisões sobre a taxa de juros nos dois países. Além disso, os investidores estão atentos às questões políticas, especialmente às discordâncias entre o Congresso e o governo.

Apesar da queda do Ibovespa, a recuperação das ações em Nova York amenizou um pouco o recuo, mas o peso das commodities ainda representa um desafio para o mercado financeiro.

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