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Após atraso do acordo UE-Mercosul, Alckmin apoia negociação intrabloco

Após atraso do acordo UE-Mercosul, Alckmin apoia negociação intrabloco

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Após atraso do acordo UE-Mercosul, Alckmin apoia negociação intrabloco

O vice-presidente Geraldo Alckmin defendeu nesta quarta-feira (6) a necessidade de mais integração dentro dos países do Mercosul, em meio às negociações do acordo comercial com a União Europeia (UE) que sofreram mais um atraso. Durante a cúpula do bloco, que aconteceu no Rio de Janeiro, Alckmin ressaltou a importância do comércio intrabloco e destacou que a densidade desse comércio é um sinal de avanço na integração regional.

De acordo com Alckmin, a União Europeia possui cerca de 60% do comércio intrabloco, o que mostra a relevância de um aumento nas trocas comerciais entre os países do Mercosul. Ele ressaltou que os países membros do bloco são essenciais para o projeto de neoindustrialização do Brasil, sendo um dos principais destinos das exportações brasileiras, especialmente no setor de produtos manufaturados e semimanufaturados.

Alckmin também mencionou a possível adesão plena da Bolívia ao Mercosul como um fator impulsionador do comércio intrarregional, após a aprovação pelo Congresso Nacional. Ele ressaltou que essa integração vai além da redução de tarifas e da harmonização de sistemas, sendo necessário investir em infraestrutura, como estradas, hidrovias e ferrovias, para facilitar as trocas comerciais entre os países.

Alckmin cobrou maior integração da infraestrutura entre os países do Mercosul, com a criação de rodovias, hidrovias e ferrovias que liguem os países, além de um maior intercâmbio de energia elétrica. Ele enfatizou que é fundamental prover os meios físicos para garantir as trocas comerciais, pois essa integração é a base para o restante das ações.

O vice-presidente também destacou o acordo comercial com Cingapura como um marco significativo para o Mercosul, sendo o primeiro acordo desse tipo em mais de uma década e o primeiro com um país asiático. Segundo ele, tal integração fortalecerá os laços econômicos entre o Brasil, o Mercosul e a região asiática, abrindo portas para uma maior diversificação das exportações e investimentos.

Apesar do adiamento das discussões devido à transição de governo na Argentina, Alckmin reconheceu os avanços nas negociações com a União Europeia e reforçou o compromisso de ambos os lados em buscar um entendimento equilibrado. Ele ressaltou as bases construídas nos meses anteriores de intenso engajamento.

Em suma, Alckmin enfatizou a importância de fortalecer os laços comerciais tanto dentro do Mercosul quanto com outras regiões do mundo. A integração intrabloco é vista como um passo fundamental para o crescimento econômico e a diversificação dos acordos comerciais do Brasil e do bloco sul-americano.

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