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Após 10 anos, primeiro campus universitário em um presídio nunca funcionou como planejado

Após 10 anos, primeiro campus universitário em um presídio nunca funcionou como planejado

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Após 10 anos, primeiro campus universitário em um presídio nunca funcionou como planejado

O Campus Avançado do Serrotão, na Paraíba, foi inaugurado em 2013 com o objetivo de oferecer educação superior para os detentos do presídio. No entanto, após 10 anos, o campus nunca funcionou como planejado e não formou nenhum estudante em nível superior.

Inicialmente, a proposta era oferecer cursos desde a alfabetização até o nível superior para os presos do Serrotão. No entanto, a previsão de formar a primeira turma de ensino superior em 2014 não foi cumprida. Em 2015, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) projetou a oferta dos primeiros cursos superiores no campus, mas no formato de ensino à distância (Ead).

Infelizmente, devido a uma crise financeira que abalou o governo da Paraíba em 2016, a UEPB precisou abandonar o projeto do campus. A estrutura do campus foi transformada em uma escola estadual de ensino fundamental e médio chamada Paulo Freire, que ainda funciona no local.

Apesar dos problemas enfrentados, durante esses 10 anos o presídio do Serrotão conseguiu oferecer atividades educacionais como o ensino fundamental e médio, educação técnica e profissionalizante, além de projetos de extensão como hortas orgânicas, curso de panificação e produção de pães, entre outros.

A oferta de ensino superior foi retomada apenas em 2022, mas no formato Ead. No entanto, até o momento não há informações sobre quantos detentos concluíram o ensino superior no presídio. Segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, os detentos podem concluir os estudos em outras unidades ou fora do sistema prisional.

Apesar dos desafios enfrentados, o presídio do Serrotão tem obtido resultados positivos no que diz respeito à educação dos detentos. Segundo a Seap, o número de presos aprovados no Enem e no Encceja tem aumentado a cada ano. Em 2022, foram 224 aprovações, enquanto neste ano já são 12 presos aprovados no Enem e 32 no Encceja.

É importante destacar que a suspensão das atividades do campus em 2016 não foi exclusiva do Serrotão. Outros projetos da UEPB também foram suspensos devido à crise financeira do estado.

Em resumo, o Campus Avançado do Serrotão, primeiro campus universitário em um presídio do Brasil, enfrentou diversas dificuldades ao longo dos últimos 10 anos para cumprir a proposta de oferecer educação superior aos detentos. No entanto, mesmo sem atingir esse objetivo, o presídio tem oferecido outras oportunidades de educação e tem obtido resultados positivos na formação dos detentos.

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