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Apagão nacional: o que se sabe até agora

Apagão nacional: o que se sabe até agora

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Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico ( ) e o (MME), uma falha aconteceu no Sistema Interligado Nacional às 08h31. Em entrevista, o ministro Alexandre Silveira, do MME, afirmou que o apagão foi causado por . Ele também citou "outro evento" em local ainda não identificado pelas autoridades. O ministro informou ainda que irá O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) identificou uma ocorrência às 8h31 de terça-feira, que levou a uma "separação elétrica" no sistema interligado. Na prática, as regiões Norte e Nordeste do país foram desconectadas do Sul e Sudeste. Com o incidente, o órgão realizou uma "Houve pelo menos 16 mil MW de interrupção de energia. A interrupção no Sul e no Sudeste foi uma ação controlada para evitar propagação da ocorrência", diz o ONS. Segundo apurado pela reportagem do , apenas o estado de Roraima não registrou falta de energia. Trata-se, inclusive, do . Qual foi a causa do incidente? O ministro Alexandre Silveira apontou uma sobrecarga no Ceará como uma das razões do apagão. "Foi um fato que causou a interrupção nas regiões Norte e Nordeste e, por uma contingência planejada do ONS, minimizou a carga das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, para que não houvesse a interrupção total dessas regiões", completou o ministro. Silveira também informou que irá pedir à PF e à Abin que investiguem se o apagão pode ter sido causado por ação humana. "Vamos encaminhar tanto à PF quanto para a Abin a instauração de procedimentos para apurar eventuais dolos [ações com intenção de causar prejuízo] nesse ocorrido de hoje", continuou. "Os dados técnicos serão passados no momento adequado. Serão passados nas próximas 48 horas." De acordo com o ministro, o sistema nacional de energia foi completamente restabelecido "exatamente às 14h49" da terça-feira, com 100% dos consumidores com serviço recuperado até o fim da tarde. Quais foram os impactos do apagão? Com a interrupção no fornecimento de energia, uma série de problemas foram registrados ao redor do país, tais como: Relatos registrados em Belo Horizonte, São Paulo e Salvador apontam para impactos nas linhas de metrô. Na capital baiana, por exemplo, os passageiros precisaram . Passageiros andam sobre trilhos do metrô de Salvador durante falta de energia elétrica Já em São Paulo, relatos apontaram que . Com o problema, as plataformas ficaram lotadas e ônibus do sistema Paese foram acionados. Os passageiros foram orientados por avisos sonoros e pelo Agente de Atendimento e Segurança nos trens e estações. Em nota, a ViaQuatro, concessionária responsável pela Linha 4-Amarela, informou que os trens chegaram a operar com velocidade reduzida e maior tempo de parada por conta da falha elétrica. Já a informou que a oscilação de fornecimento de energia não afetou a circulação de trens e não houve registro de ocorrências, mas reiterou que algumas estações ficaram sem energia e precisaram funcionar por gerador. A normalização foi completa às 11h. O Metrô de São Paulo, por sua vez, afirmou que todas as linhas já estão operando normalmente. O apagão também afetou os sistemas de fornecimento de água que atendem a maioria das cidades de Alagoas, segundo informou a Companhia de Saneamento. No Pará e no Amapá, pessoas também relataram que o abastecimento de água estava acabando. Ainda não há um levantamento de quantas pessoas foram afetadas pela falta de água porque o desabastecimento é parcial em algumas cidades e não afeta toda a população de cada uma delas, já que alguns imóveis têm sistema próprio como cisternas ou poços. Com o apagão, semáforos ficaram apagados em diversas regiões do país e causaram confusão e caos no trânsito. Entre os estados que registraram relatos estão: Alagoas, Amapá, Piauí, Ceará, Pará, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. Apagão: falta de energia deixa semáforos desligados na capital paraense — Foto: Débora Soares/TV Liberal Devido à falta de energia, diversas escolas e universidades ao redor do país liberaram os alunos mais cedo. O apagão também afetou vários comércios brasileiros. Em , por exemplo, o proprietário de uma panificadora precisou improvisar com velas para conseguir atender os clientes. Comércio atende com luz de vela após apagão em Manaus — Foto: Jucélio Paiva/Rede Amazônica Já em Teresina, o proprietário de um quiosque relatou que suas vendas foram afetadas. "Dependemos de internet, de liquidificador para fazer suco, e principalmente de maquininhas de cartão e PIX", afirmou. Em São Luiz, no Maranhão, após o apagão, por não ter um gerador de energia. Pessoas que esperavam atendimento precisaram ir embora. Desde quando não havia um apagão nacional? , quando um curto-circuito em uma linha de transmissão deixou Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste sem energia. À época, ao menos 11 estados foram impactados. Naquele ano, o ONS havia informado que a “perturbação no Sistema Interligado Nacional” ocorreu entre o município de Colinas (TO) e a região de Serra da Mesa (GO), provocando a interrupção do fornecimento de cerca de 5 mil MW (megawatts). Esse, no entanto, não foi a maior interrupção de energia registrada no país. , deixando quase 60 milhões de pessoas sem energia elétrica por seis horas. Nesse caso, o motivo foi um curto-circuito que, provocado possivelmente por um raio, desligou três linhas de alta tensão que distribuíam a energia produzida na usina de Itaipu para as principais regiões do país. Como consequência, a hidrelétrica binacional foi desligada. O que diz o Ministério de Minas e Energia? Em nota, o MME informou que o sistema de energia já foi restabelecido. A Pasta ainda informou que o ministro Alexandre Silveira já determinou a criação de uma "sala de situação" e lidera todo processo de retomada, bem como determinou a rigorosa apuração das causas do incidente. O que diz o Operador Nacional do Sistema Elétrico? Já o ONS informou, em nota, que a recomposição de energia foi concluída em todas as regiões do país às 14h49 de terça-feira. O que diz a Aneel? O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou nesta terça-feira (15) que , e que "eventuais repercussões" serão definidas depois. "Primeira preocupação que temos em um evento desse é restaurar o serviço e é exatamente isso que, nesse momento, o ministério está envolvido, o ONS, as empresas e a Aneel. Eventuais repercussões, depois que o problema está resolvido, é que nós vamos passar para essa etapa", declarou.

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