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Amazonas instala armadilhas contra dengue para deter surto

Amazonas instala armadilhas contra dengue para deter surto

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Manaus instala armadilhas contra dengue para deter surto

A cidade de Manaus, no Amazonas, está enfrentando um surto de dengue que já resultou na morte de 9 pessoas este ano. Para combater esse problema, a prefeitura de Manaus iniciou, nesta segunda-feira (30), a instalação de 1,2 mil armadilhas contra o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença.

As armadilhas, chamadas de Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), foram desenvolvidas em parceria pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e pelo Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia). Elas serão instaladas principalmente no bairro Compensa, onde há maior risco de infestação.

Essas armadilhas utilizam tecnologia de baixo custo e são recomendadas pelo Ministério da Saúde para o combate às arboviroses no país. Elas são feitas com recipientes de plástico, pedaços de pano, água e um pesticida chamado Pyriproxyfen. O pesticida é diluído em água e espalhado sobre o pano preso ao redor do recipiente. Quando um mosquito adulto pousa na armadilha, as partículas do larvicida aderem às suas pernas e corpo. Dessa forma, as fêmeas de Aedes aegypti, que preferem visitar vários criadouros para colocar poucos ovos em cada um, acabam disseminando o larvicida nos criadouros, tornando-os armadilhas letais para os mosquitos imaturos.

A instalação dessas armadilhas tem como objetivo combater o surto de dengue, zika e chikungunya, que tende a se intensificar no período de alta transmissão dessas doenças. Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas entre janeiro e abril deste ano, o estado do Amazonas registrou mais de 3 mil casos de dengue. Desde o início do ano até a última sexta-feira (27), foram registrados 14.427 casos da doença no estado, com 9 mortes.

Não é somente o Amazonas que enfrenta essa epidemia. No início deste ano, estados como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Tocantins também tiveram epidemias de dengue transmitida pelo Aedes aegyti, totalizando mais de 300 mil casos até março. Diante dessa situação, o Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses) para monitorar os surtos de dengue, chikungunya e zika em todo o Brasil.

Além disso, neste mês de outubro, o Brasil se deparou com a chegada de uma espécie prima do mosquito Aedes aegypti, conhecida como Aedes albopictus ou mosquito-tigre-asiático, que também transmite dengue e outras doenças relacionadas. Essa espécie é mais resistente a temperaturas altas e baixas, e voa em grupos.

Diante desse cenário preocupante, a ação da prefeitura de Manaus em instalar armadilhas contra o mosquito Aedes aegypti é uma medida eficiente e de baixo custo para conter o surto de dengue na cidade. Espera-se que essa estratégia contribua para a redução dos casos da doença e para a proteção da população.

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