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Alimentos e bebidas aliviam inflação para os mais pobres, aponta Ipea

Alimentos e bebidas aliviam inflação para os mais pobres, aponta Ipea

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Alimentos e bebidas aliviam inflação para os mais pobres, aponta Ipea

Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que os comportamentos dos preços de alimentos e bebidas contribuíram para que a inflação das famílias mais pobres fosse menor do que a das rendas média e alta no mês de agosto. Essa informação é significativa tanto para o mercado financeiro quanto para os investidores individuais no Brasil.

De acordo com o estudo, o peso da inflação para as famílias de renda domiciliar muito baixa (inferior a R$ 2.015) foi de 0,13%, abaixo dos 0,23% medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país e calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já para as famílias de renda média alta (entre R$ 10.075 e R$ 20.151), a inflação em agosto foi de 0,32%.

O principal alívio inflacionário no mês de agosto veio da queda dos preços de alimentos e bebidas. Produtos como tubérculos (-7,3%), carnes (-1,9%), aves e ovos (-2,6%) e leites e derivados (-1,4%) contribuíram para essa deflação. Essa redução nos preços é especialmente relevante para as famílias mais pobres, uma vez que grande parte do seu orçamento é destinado à alimentação.

No entanto, nem todas as notícias foram positivas para as famílias de menor poder aquisitivo. O reajuste de 4,6% nas tarifas de energia elétrica teve um impacto proporcionalmente maior na inflação dos segmentos de menor poder aquisitivo, já que essas classes gastam uma parcela maior de seus orçamentos para a aquisição desse serviço.

Olhando para o acumulado dos últimos 12 meses, a tendência de uma maior inflação para famílias de maior renda domiciliar se repete. Enquanto o IPCA registra um aumento de preços de 4,61%, os mais pobres sentem uma alta de 3,70%. As famílias de renda baixa (4,04%) e média baixa (4,49%) também ficam abaixo do IPCA.

Segundo o Ipea, a maior pressão inflacionária nos últimos doze meses está no grupo de saúde e cuidados pessoais, impulsionado pelos reajustes de 5,9% nos produtos farmacêuticos, 10,2% nos artigos de higiene e 13,7% nos planos de saúde.

Esses dados demonstram como os preços dos alimentos e das bebidas afetam diretamente a inflação e o poder de compra das famílias brasileiras. Para os investidores, eles também são fundamentais para compreender como esses setores podem influenciar o desempenho do mercado financeiro. Ficar atento a essas tendências é essencial para tomar decisões informadas e estratégicas.

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