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Aliada do Hamas e da Rússia, Turquia vira rota de fuga de sanções da OTAN no Oriente Médio

Aliada do Hamas e da Rússia, Turquia vira rota de fuga de sanções da OTAN no Oriente Médio

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Aliada do Hamas e da Rússia, Turquia vira rota de fuga de sanções da OTAN no Oriente Médio

Desde o início da nova guerra no Oriente Médio, a Turquia tem se posicionado como uma aliada do Hamas, grupo palestino, no conflito. O país tem um histórico de abrigo para líderes do Hamas e facilitação da arrecadação de fundos para suas ações. Além disso, acusa Israel de cometer crimes em Gaza e faz ameaças ao Estado judeu caso decida "destruir" membros do grupo.

Esse posicionamento da Turquia tem gerado impactos no cenário financeiro e de investimentos no Brasil. O país islâmico contribui para a continuidade da guerra do leste europeu, ao servir de rota de fuga das sanções aplicadas pelos Estados Unidos e aliados da OTAN contra a Rússia. Segundo o jornal britânico The Financial Times, houve um aumento significativo da exportação de material bélico para Moscou, sendo três vezes maior que o mesmo período no ano passado.

Dados oficiais da Turquia mostram que nos primeiros nove meses de 2023, a receita externa do país com bens ligados à guerra da Ucrânia foi de US$ 158 milhões (cerca de R$ 775 milhões). Entre esses bens estão microchips, equipamentos de comunicação e peças como miras telescópicas, que são considerados de "alta prioridade" para o governo russo na construção de mísseis, drones e helicópteros.

Esses equipamentos chegam até a Rússia com a ajuda de intermediários, como a Turquia, que utiliza pequenas empresas para "disfarçar" o destino final da mercadoria. Outras nações que participam desse comércio são ex-integrantes da União Soviética, como Azerbaijão, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão e Uzbequistão.

Washington e aliados da OTAN têm pressionado a Turquia a tomar medidas mais rígidas para limitar o comércio com países sancionados. O Departamento do Tesouro dos EUA enfatizou a necessidade de frear as exportações para a Rússia, pois não desejam que seus principais parceiros se tornem locais onde as sanções sejam contornadas.

As tensões entre a Turquia e os EUA surgem em um momento delicado, já que Ancara tem interesse em adquirir aviões de combate F-16 americanos. Além disso, a Turquia tem sido um obstáculo para a entrada da Suécia na OTAN devido à suposta posição pouco rígida do país europeu sobre o reconhecimento do PKK, partido curdo, como uma milícia terrorista.

As recentes sanções impostas pelos EUA contra empresas turcas e as tensões diplomáticas com os aliados da OTAN têm impactado o cenário geopolítico e as relações comerciais entre esses países. A guerra entre Israel e o Hamas também tem complicado as relações entre os aliados da OTAN, pois o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, tem atacado frequentemente Israel e seus aliados nos discursos públicos, condenando a ofensiva israelense. A Turquia também não reconhece o Hamas como um grupo terrorista.

Os investidores brasileiros interessados em finanças e investimentos devem ficar atentos a esses acontecimentos geopolíticos, pois eles podem influenciar o mercado financeiro de forma direta ou indireta. A postura da Turquia como aliada do Hamas e da Rússia pode gerar instabilidades e incertezas econômicas, afetando a tomada de decisão dos investidores. Além disso, as tensões entre a Turquia e os EUA podem afetar negociações comerciais e acordos bilaterais. É importante acompanhar de perto esses acontecimentos e contar com uma análise clara e objetiva para tomar decisões financeiras seguras.

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