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Agrogalaxy vê retomada de M&A’s no varejo de insumos só em 2026

Agrogalaxy vê retomada de M&A’s no varejo de insumos só em 2026

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Agrogalaxy prevê nova onda de fusões e aquisições no varejo agropecuário apenas em 2026

O movimento de consolidação no varejo de produtos agropecuários nos últimos três anos no Brasil resultou na criação de grandes grupos e levou várias empresas desse setor para a bolsa de valores. No entanto, após um período de pandemia e guerras comerciais, o mercado agora se encontra em uma fase de acomodação. Nos próximos dois anos, o setor passará por um processo de busca por um novo equilíbrio.

De acordo com Welles Pascoal, CEO da Agrogalaxy, uma das empresas que participou do processo de consolidação e hoje controla uma das maiores cadeias de lojas de insumos agrícolas no Brasil, o apetite dos investidores por esse segmento será menor devido à atual conjuntura do mercado. Pascoal acredita que, após a etapa de equalização, que deve durar até 2025, uma nova onda de fusões e aquisições começará.

A previsão do executivo é que, nessa nova fase, cerca de 60% do varejo agropecuário seja concentrado em mãos de dez a 15 grandes grupos. Nomes já conhecidos no setor, como Lavoro, Nutrien, AgroAmazônia, Belagrícola, Marubeni e 3tentos, além da Agrogalaxy, devem estar nessa lista. Além disso, a entrada de novas empresas estrangeiras é esperada, principalmente de fundos de investimento e grupos vindos da China, Estados Unidos e países da Ásia.

Porém, a chegada de novos players estrangeiros ao mercado brasileiro ainda não ocorreu de forma mais acelerada devido à curva de aprendizado necessária para entender as particularidades do país. Segundo Pascoal, os Estados Unidos estão sem espaço para expandir suas áreas agrícolas e o Japão, conhecido por sua rentabilidade no varejo agrícola, apresenta sinais de retração. No entanto, alguns grupos japoneses estariam interessados em investir em mercados com menor rentabilidade, mas com grandes volumes movimentados.

Outra mudança observada por Pascoal é o comportamento dos produtores em relação às compras. Os agricultores têm se mostrado mais estratégicos, avaliando os preços dos grãos, os custos dos insumos e as incertezas climáticas antes de realizar suas compras. Esse comportamento mais cauteloso tem reduzido o apetite dos agricultores por compras antecipadas, fazendo com que eles realizem pedidos grandes apenas quando realmente precisam dos produtos.

Diante desse cenário, uma das preocupações da Agrogalaxy é criar um mix de produtos atrativo em termos de preço e produtividade, sem prejudicar suas margens. A empresa tem se esforçado para oferecer aos agricultores pacotes que atendam a essas demandas.

Em conclusão, Pascoal acredita que o ano de 2024 será favorável para aqueles que se prepararam adequadamente para as mudanças no mercado. Para aqueles que adiaram suas preparações, esse ano será gasto para colocar as coisas em ordem. A expectativa é que uma nova onda de fusões e aquisições no varejo agropecuário brasileiro comece somente em 2026.

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