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Agressões sexuais em navios de cruzeiro estão aumentando

Agressões sexuais em navios de cruzeiro estão aumentando

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Agressões sexuais em navios de cruzeiro estão aumentando

De acordo com dados divulgados pelo Departamento de Transportes dos Estados Unidos, os crimes sexuais em navios de cruzeiro que viajam de e para os EUA aumentaram no ano passado. De janeiro a setembro de 2023, o FBI recebeu 39 denúncias de agressão sexual e 58 denúncias de estupro de passageiros.

Apesar desses incidentes representarem menos de 1% dos milhões de passageiros que fazem cruzeiros todos os anos, as agressões sexuais continuam sendo os crimes mais frequentemente relatados nesse ambiente. De acordo com a Rede Nacional de Estupro, Abuso e Incesto, mais de dois terços das agressões sexuais não são denunciadas.

Embora as autoridades federais tenham jurisdição sobre certos casos de cruzeiros, dependendo de fatores como a localização do navio no momento da infração e as nacionalidades dos perpetradores e das vítimas, cabe às empresas de cruzeiro fazerem mais para evitar esses crimes.

Dados fornecidos pelas empresas de cruzeiros mostram que 76 dos alegados crimes sexuais foram cometidos por passageiros, 17 por tripulantes e quatro por “desconhecidos” ou “outras” partes. Entre as companhias, a Carnival Cruise Line relatou o maior número de incidentes, com 36 casos, seguida pela Royal Caribbean, com 20 casos, e a Disney Cruise Line, com 15 casos.

Advogados especializados em casos contra empresas de cruzeiros argumentam que esses números refletem o fracasso das empresas em garantir a segurança de seus passageiros. Eles sugerem medidas como aumentar a vigilância, instalar mais câmeras de segurança e contratar mais agentes de segurança para prevenir agressões sexuais.

Apesar de as empresas de cruzeiros afirmarem investir milhões de dólares todos os anos em câmeras de vigilância aprimoradas em áreas públicas, muitos desses crimes ocorrem nos quartos dos hóspedes, onde a vigilância é limitada.

Em resposta a esses incidentes, o Congresso dos EUA aprovou a Lei de Segurança e Proteção de Navios de Cruzeiro em 2010, que exige que as empresas forneçam aos passageiros um guia escrito sobre onde denunciar crimes a bordo, a oportunidade de receber exames forenses sexuais e confidencialidade ao solicitar ou receber apoio.

É importante ressaltar que as estatísticas de 2023 marcam a primeira vez que esses relatórios distinguem entre agressão sexual e estupro. A divulgação desses dados busca tornar o setor de cruzeiros mais transparente e responsável por manter a segurança de seus passageiros.

Embora os navios de cruzeiro comerciais sejam considerados "excepcionalmente seguros" em termos de riscos associados a crimes violentos em comparação com a terra, os casos de agressões sexuais continuam sendo uma preocupação urgente que precisa ser devidamente abordada pelas empresas do setor.

Diante desse cenário, é fundamental que as empresas de cruzeiros assumam a responsabilidade de implementar medidas eficazes para garantir a segurança e o bem-estar de seus passageiros. Os viajantes que optam por fazer um cruzeiro precisam sentir-se protegidos e confiantes de que sua experiência será livre de qualquer tipo de violência ou abuso.

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