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Acusada de formar pirâmide, empresa na “Ibiza brasileira” prometia 20% ao mês com criptomoedas

Acusada de formar pirâmide, empresa na “Ibiza brasileira” prometia 20% ao mês com criptomoedas

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Acusada de formar pirâmide, empresa na “Ibiza brasileira” prometia 20% ao mês com criptomoedas

Uma empresa sediada em Jurerê Internacional, em Florianópolis, foi acusada de operar uma suposta pirâmide financeira de criptomoedas. A X Capital Bank, aberta em 2019 pelo empresário Gutheryo de Souza Costa Cavalcante, teria aplicado um golpe de aproximadamente R$ 30 milhões em pelo menos 5 mil pessoas, segundo as autoridades.

De acordo com as investigações, Cavalcante oferecia contratos aos clientes com a promessa de pagar retornos de 8% a 20% ao mês, por meio da compra, locação e venda de tokens não fungíveis (NFTs). No início, a empresa conseguia cumprir com os pagamentos, mas logo deixou de fazê-lo, típico de esquemas de pirâmide financeira.

O promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto, responsável por uma ação civil pública relacionada ao caso, explicou que o objetivo desses esquemas é atrair cada vez mais pessoas para sustentar a estrutura e aumentar os ganhos. Porém, quando não há novos participantes suficientes, o esquema se torna insustentável e a pirâmide desaba.

Na semana passada, a Justiça de Santa Catarina bloqueou US$ 27 milhões da X Capital Bank, a pedido do Ministério Público do estado. No total, o bloqueio incluiu ativos financeiros, imóveis, veículos e ações em nome de oito pessoas e 14 empresas. Além disso, o MP também exige a devolução dos valores aos lesados, indenizações por danos morais e uma compensação para a sociedade por danos morais coletivos.

A X Capital Bank enfrenta cerca de 400 processos judiciais, a maioria nas cortes de Santa Catarina e do Rio de Janeiro. Os relatos em sites como o Reclame Aqui também são alarmantes, com aproximadamente 200 reclamações registradas. A empresa atraiu investidores com promessas de rendimentos exorbitantes, mas acabou desaparecendo sem cumprir seus compromissos.

O advogado Pedro Sidi, especialista em golpes financeiros, alertou os investidores para ficarem atentos a promessas de lucros absurdos. Ele ressaltou a importância de investigar a empresa e verificar se ela possui autorização para operar antes de realizar qualquer investimento.

Embora o mercado de criptomoedas ainda não seja totalmente regulamentado no Brasil, alguns arranjos de ofertas de criptomoedas podem se enquadrar como contratos de investimento coletivo, exigindo autorização prévia da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Banco Central (BC) também planeja publicar regulamentações para o setor com base no marco legal das criptomoedas.

Em resumo, a empresa X Capital Bank é acusada de operar uma pirâmide financeira de criptomoedas em Jurerê Internacional. Ela prometia retornos de 8% a 20% ao mês, por meio de investimentos em NFTs. No entanto, os investidores foram lesados, perdendo cerca de R$ 30 milhões. As autoridades bloquearam milhões de dólares em ativos da empresa e estão buscando reparação para as vítimas. É importante que os investidores fiquem atentos a promessas de lucros elevados e investiguem as empresas antes de investir.

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