Ações do GPA (PCAR3) têm nova sessão de ganhos com reestruturação e desalavancagem no radar

As ações do GPA (PCAR3) tiveram mais uma sessão de ganhos nesta quinta-feira (7), impulsionadas por rumores sobre uma possível saída do grupo Casino, seu principal acionista, e por um encontro com investidores. Por volta das 15h40, os papéis registravam alta de 3,27%, a R$ 4,11, ampliando o ganho semanal para 17%.

No encontro com analistas e investidores, a diretoria executiva do GPA reforçou as iniciativas de reestruturação da empresa, assim como o compromisso de aumentar a rentabilidade e reduzir a alavancagem. A administração abordou principalmente pontos relacionados à receita, como a gestão de sortimento e a redução de quebras de produtos.

Houve também destaque para os investimentos realizados visando melhorar a experiência do cliente e a implementação de estratégias digitais. A descontinuação do aplicativo James Delivery e a transferência das operações online para as lojas do GPA resultaram em um aumento no nível de serviço e uma redução nos custos logísticos.

Com essas mudanças, a operação digital do GPA alcançou uma margem Ebitda positiva de um dígito médio, em comparação com a margem negativa anterior. O grupo reforçou sua projeção de margem Ebitda ajustada de 8% a 9% para o próximo ano.

A rentabilidade da companhia também foi abordada no encontro, com a expectativa de redução de despesas administrativas por meio de medidas de ajuste de tamanho e da implementação da iniciativa de Orçamento Base Zero (OBZ) em 2023. Além disso, negociações com fornecedores e uma melhor precificação são consideradas pontos que poderão impulsionar a margem bruta.

Outro ponto importante destacado pela administração do GPA foi o fortalecimento da parceria com fornecedores, visando garantir uma melhor rentabilidade. Também está prevista a expansão do sortimento de produtos frescos na plataforma digital do GPA.

Apesar das demonstrações consideradas positivas, as análises são cautelosas em relação às ações do GPA, especialmente devido à velocidade atual de crescimento de vendas e recuperação das margens. A classificação das ações é neutra, com os bancos Morgan Stanley e Bradesco BBI estabelecendo um preço-alvo de R$ 4,50.

O Morgan Stanley reduziu seu preço-alvo de R$ 5,00, levando em consideração os resultados do terceiro trimestre e reduzindo as previsões do Ebitda para 2024. Por outro lado, o BBI considera a avaliação da GPA em relação ao valor da empresa/Ebitda para 2024 como justa, com um desconto justo em relação ao Grupo Mateus.

Em resumo, as ações do GPA continuam apresentando ganhos, impulsionadas pela reestruturação da empresa e pelos esforços de desalavancagem. Embora haja cautela em relação ao ritmo de crescimento das vendas e às margens, expectativas positivas são mantidas em relação à rentabilidade do GPA.