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A revolução da IA está chegando, mas não tão rápido quanto algumas pessoas imaginam

A revolução da IA está chegando, mas não tão rápido quanto algumas pessoas imaginam

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O Uso da IA Generativa no JPMorgan Chase

Lori Beer, diretora global de informação do JPMorgan Chase, falou recentemente sobre as potencialidades da inteligência artificial (IA) generativa. Ela mencionou os chatbots de IA como verdadeiros "transformadores" e "uma mudança de paradigma", com a capacidade de produzir desde poesia até programas de computador. No entanto, no maior banco dos Estados Unidos, a implementação da IA generativa ainda não está nos planos.

O JPMorgan instruiu seus 300 mil funcionários a não fornecerem informações confidenciais do banco para chatbots ou outras ferramentas de IA generativa. A preocupação principal é o risco de vazamento de dados sensíveis e as dúvidas sobre como esses dados são utilizados e a precisão das respostas geradas pela IA. Ainda assim, o banco criou uma rede privada para que engenheiros e cientistas de dados realizem experimentos com a tecnologia, explorando possíveis usos, como automação, suporte técnico aprimorado e desenvolvimento de softwares.

É importante ressaltar que o JPMorgan não é o único na América corporativa a adotar uma postura cautelosa em relação à IA generativa. Empresas de diversas indústrias estão experimentando a tecnologia, mas sua implementação em larga escala ainda pode levar anos. As previsões indicam que a IA generativa tem o potencial de aumentar significativamente a produtividade e adicionar trilhões de dólares à economia global. Porém, a história nos ensina que geralmente há um intervalo prolongado entre a chegada de uma nova tecnologia importante e sua adoção generalizada, o que transforma indústrias e impulsiona a economia.

Um exemplo disso é a internet. Nos anos 1990, previa-se que a internet e a web revolucionariam as indústrias do varejo, publicidade e mídia. No entanto, essas previsões só se concretizaram mais de uma década depois. Durante esse intervalo, a tecnologia foi aprimorada e os custos se reduziram, o que permitiu sua adoção em larga escala. Hoje, conexões de internet por banda larga são comuns e a tecnologia de streaming de áudio e vídeo evoluiu consideravelmente.

O mesmo fenômeno deve ocorrer com a IA generativa. Atualmente, já podemos observar um frenesi de investimentos nesse setor. No primeiro semestre deste ano, os investimentos em startups de IA generativa alcançaram US$15,3 bilhões, quase três vezes mais do que o total do ano passado. Grandes empresas estão testando softwares de IA generativa de diversos fornecedores, observando como o mercado se desenvolve antes de adotar a tecnologia em suas operações.

Um relatório recente do McKinsey Global Institute estabelece uma linha do tempo para a adoção generalizada de aplicativos de IA generativa. Levando em consideração diferentes fatores, como ciclos econômicos, regulamentação governamental, culturas corporativas e tomadas de decisão executivas, a previsão para adoção generalizada variou de oito a 27 anos.

O uso da IA generativa traz diversas vantagens para as empresas, como a possibilidade de reduzir o tempo gasto em tarefas, automatizar processos e acessar dados úteis de forma mais rápida. No entanto, é importante destacar que o verdadeiro potencial da tecnologia ainda está por vir. Atualmente, as empresas buscam principalmente economizar tempo e otimizar suas operações, mas novos produtos e serviços surgirão à medida que a tecnologia se desenvolver e for aprimorada.

No contexto brasileiro, é interessante acompanhar os avanços da IA generativa, já que a tecnologia tem o potencial de impactar o mercado financeiro e os investidores individuais. É essencial que os investidores acompanhem as tendências e se mantenham atualizados para aproveitar as oportunidades que surgirem com a adoção generalizada da IA generativa no futuro.

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