CNI: PIB Cresce 3,4% em 2024, mas Desaceleração Preocupa Indústria

Em um cenário econômico repleto de desafios, a previsão de um crescimento de 3,4% no PIB em 2024 traz um sopro de otimismo. No entanto, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) não pode ignorar sinais de alerta que surgem no horizonte. A desaceleração no ritmo de crescimento no último trimestre do ano, em comparação com os meses anteriores, levanta questionamentos sobre a sustentabilidade desse crescimento e os impactos que isso pode ter na indústria nacional.

A Luz no Fim do Túnel: O Papel das Políticas de Reindustrialização

A CNI reconhece que os resultados positivos de 2024 são frutos de esforços concretos, especialmente das políticas voltadas à reindustrialização. Iniciativas como a Nova Indústria Brasil (NIB) e os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) têm sido fundamentais para impulsionar o setor. Contudo, a pergunta que fica é: esses esforços serão suficientes para sustentar o crescimento em um cenário de incertezas?

Desafios à Vista: A Pressão da Política Monetária e Internacional

No entanto, a perspectiva não é tão despreocupante. A CNI destaca a necessidade de atenção ao cenário econômico que se descortina, afetado pela política monetária contracionista do Banco Central e pelas recentes discussões sobre proteção comercial internacional, especialmente em relação aos Estados Unidos. Essas questões podem impactar diretamente a saúde da indústria ainda mais.

A Necessidade de Rigor Fiscal: Um Chamado à Ação

Em meio a essa tempestade de incertezas, a CNI clama por uma responsabilidade fiscal. A entidade salienta que é vital que o governo busque um equilíbrio nas contas públicas, dado que a carga tributária já se encontra no limite, onerando severamente o setor industrial. O apelo por um pacto nacional visa dissipar as incertezas e promover um ciclo de expansão que seja, de fato, inclusivo e duradouro.

Legislação em Foco: Oportunidades e Riscos para o Futuro

Ricardo Alban, presidente da CNI, enfatiza a urgência na aprovação de legislações que possam atrair investimentos em infraestrutura. A modernização do setor elétrico e a atualização da Lei do Bem para incentivar inovações tecnológicas são passos cruciais a serem dados. Por outro lado, é preciso estar atento também a propostas que, mesmo com boas intenções, possam ser prejudiciais para a indústria, como alterações na jornada de trabalho que não consideram a realidade econômica do país.

Conclusão

O cenário para 2024 apresenta um crescimento otimista, mas não sem desafios. A preocupação da CNI com a desaceleração do PIB e a necessidade de ações concretas à frente são um chamado à reflexão para governos e indústrias. É momento de unir forças para garantir um futuro próspero e sustentável para o setor produtivo brasileiro, buscando um caminho que equilibre crescimento econômico e responsabilidade fiscal.