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Acordo com Sete Brasil gera impasse de R$ 30 bi na Petrobras

Acordo com Sete Brasil gera impasse de R$ 30 bi na Petrobras

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Acordo com Sete Brasil gera impasse de R$ 30 bi na Petrobras

Um impasse no conselho de administração da Petrobras pode resultar em graves consequências financeiras para a estatal. Um acordo para pagamento de R$ 912 milhões pode ser perdido, o que implicaria em ações judiciais contra a Petrobras no valor mínimo de R$ 30 bilhões. O acordo foi proposto há cerca de dois anos e tinha o aval dos principais credores, da área técnica da Petrobras e da Sete Brasil. No entanto, os conselheiros independentes da petroleira resistem à aprovação, apesar dos representantes do governo serem favoráveis.

O estatuto da Petrobras determina que, para a aprovação do acordo, é necessário o aval de dois terços do conselho de administração. Ou seja, sem o voto dos conselheiros independentes, nada pode ser feito. O juiz responsável pela recuperação já manifestou preocupação com a demora na decisão, ameaçando decretar a falência da Sete Brasil. Caso isso ocorra, advogados de credores afirmam reservadamente que a Petrobras poderá ser alvo de ações indenizatórias por ter sido a "avalista" do projeto.

Os credores, principalmente os bancos, buscarão a execução do crédito original com juros e correção, o que resultaria em uma dívida de pelo menos R$ 30 bilhões. Na época, os bancos investiram cerca de R$ 8 bilhões na operação. O acordo previa que a Petrobras seria acionista e contratante das sondas a serem construídas pelos diversos estaleiros.

A Sete Brasil foi criada em 2010 e tinha como objetivo a contratação da construção e operação de 28 sondas para exploração de petróleo pela Petrobras. Além da própria Petrobras, a empresa tinha como sócios o fundo de investimentos FIP Sondas, que reunia investidores como os bancos BTG Pactual e Santander, o fundo FI-FGTS e fundos de pensão da Petrobras, Caixa, Banco do Brasil e Vale.

A derrocada da Sete Brasil teve início no início da operação Lava Jato, no final de 2015, com as denúncias de corrupção nos contratos. O BNDES também vetou o empréstimo à empresa, e o cenário internacional sofreu uma mudança radical com uma forte queda no preço do petróleo, reduzindo o barril para US$ 30 quando a empresa pediu recuperação judicial em 2016.

Essa situação coloca a Petrobras em uma posição delicada, caso o acordo não seja aprovado, possivelmente resultando em um grande impacto financeiro para a empresa. Além disso, os investidores individuais devem ficar atentos aos desdobramentos dessa situação, pois poderá afetar a cotação das ações e a confiança no mercado. Acompanhar as decisões do conselho de administração da Petrobras e seus desdobramentos futuros é essencial para quem investe ou tem interesse no setor financeiro e de petróleo no Brasil.

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